Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Terracap: o suspeito balcão de negócios do Governo do Distrito Federal

Quinta, 26 de julho de 2012
Publicado em "O Miraculoso"
Por por Antônio Lisboa Cambacica, 62, aposentado.
O último ato administrativo de Marcelo Piancastelli à frente da Terracap, no final de 2011, antes de passar o cargo de presidente para Antônio Carlos Rebouça Lins e assumir a Secretaria de Fazenda, foi dobrar o salário dos advogados da empresa. O valor é quatro vezes maior do que o previsto, e o salário inicial subiu de R$ 6 mil para R$ 12,8 mil, representando um impacto de mais de R$ 1,2 milhões de reais a mais na folha de pagamento do GDF. Mesmo furando a fila de negociação de outras categorias de servidores do GDF e da própria Terracap, já que outros 600 funcionários da empresa negociam desde 2002 planos de carreira e ajustes salariais, parece que a surpresa não foi tão grande. A Terracap é conhecida por ser pródiga em questões de remuneração com alguns funcionários.

Em 2002, na presidência da empresa o também advogado Eri Varela, chamou a atenção do procurador geral do Governo do Distrito Federal Rogério Leite Chaves por assinar um acordo que forneceu super salários a 180 funcionários da Terracap. O ajuste que deveria ser feito com base no salário de 1986 foi feito com base no de 2002. O resultado: 180 funcionários da Terracap ganham, atualmente, um salário que ultrapassa o teto máximo do funcionalismo, R$ 26,7 mil. O maior salário da Terracap gira em torno de R$ 43, 9 mil. Além de toda essa generosidade, é importante ressaltar as denúncias que surgiram de que funcionários da Terracap recebem comissões pela venda de lotes, principalmente situados no que eles chamam de “Setor Noroeste”.