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(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Distritais divergem sobre atuação do Hemocentro

Quarta, 19 de setembro de 2012
Da CLDF
A ação de improbidade administrativa impetrada pelo Ministério Público do Distrito Federal e e Territórios (MPDFT) contra o secretário de Saúde, Rafael Barbosa, a presidente da Fundação Hemocentro de Brasília (FHB), Beatriz Mac Dowell Soares, e o diretor-executivo, José Antônio de Faria Vilaça, repercutiu no plenário da Câmara Legislativa na tarde desta quarta-feira (19). Em seu pronunciamento, a deputada Celina Leão (PSD) criticou a postura do governador Agnelo Queiroz, que teria dito que a ação ajuizada na segunda-feira (17) tem cunho político.

A 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus) acusa os gestores de terem escolhido um protocolo equivocado para o tratamento dos hemofílicos do DF. De acordo com a Prosus, as autoridades da área de saúde também foram responsáveis pelo desmonte arbitrário do Núcleo de Coagulopatia do Hospital de Apoio de Brasília, o que teria exposto esses pacientes hemofílicos à dificuldade de tratamento e até à morte.

"Esse comentário do governador é, no mínimo irresponsável, uma vez que o mesmo promotor representou contra os governos Roriz e Arruda. Espanta o Agnelo dizer que é perseguido pelo Ministério Público", afirmou Celina Leão. Em aparte, a deputada Arlete Sampaio (PT) disse que o MPDFT está equivocado e que o governo tem documentação para provar que vem agindo corretamente. "Todas as pessoas que  precisam estão recebendo a sua medicação em casa", destacou Arlete.

Já Wasny de Roure (PT),l íder do governo, explicou que especialistas respaldam o protocolo adotado pelo GDF e que o tratamento dado pelo governo anterior trazia uma dosagem muito acima do recomendado pelo Ministério da Saúde. "Há um grupo de familiares de pessoas importantes querendo polemizar esse assunto", observou Wasny. Já Liliane Roriz (PSD) defendeu a gestão anterior do Hemocentro, que fora premiado internacionalmente. Ela denunciou o desmonte do Hospital de Apoio de Brasília, então reponsável pelo atendimento aos hemofílicos.
 
FAC – O deputado Cláudio Abrantes (PPS) criticou em plenário a possibilidade de o GDF utilizar recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) para o financiamento de eventos  governamentais. O deputado defende que os valores do FAC, cuja  previsão orçamentária para 2013 chegam a R$ 40 milhões, sejam utilizados exclusivamente no fomento de manifestações culturais no DF. "O FAC é uma política de Estado. O uso de seus recursos em eventos que são obrigação do governo pode ser legal, mas não é moral", afirmou o deputado. Acompanhando o discurso de Abrantes, Prof. Israel Batista (PEN) ressaltou que o papel do FAC está "bem definido" e que não se deve estimular debates sobre ampliação de sua abrangência.
 
Bruno Sodré - Coordenadoria de Comunicação Social da CLDF