Quinta, 27 de setembro de 2012
Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Edição: Davi Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília
- Após 16 dias de greve, o Tribunal Superior do Trabalho (TST)
determinou que os funcionários dos Correios voltem ao trabalho a partir
de amanhã (28), de acordo com o horário de cada funcionário. Os
ministros da Seção de Dissídios Coletivos decidiram também que os
trabalhadores deverão compensar os dias parados com trabalho extra em
até seis meses.
Se o trabalho não for retomado amanhã, será aplicada multa de R$ 20 mil
por dia. Os ministros decidiram ainda que os trabalhadores terão um
aumento de 6,5% retroativo a agosto. Os Correios tinham proposto
reajuste de 5,2%, mas a ministra Kátia Arruda, relatora do processo de
dissídio ajuizado pela empresa, aumentou o percentual, para “preservar
minimamente o poder aquisitivo dos trabalhadores”.
O presidente do TST, João Oreste Dalazen, ressaltou que os
empregados dos Correios têm um dos salários mais baixos entre todas as
empresas públicas federais. “Há uma falta de atrativos na carreira que
não podemos perpetuar”.
Os ministros decidiram que greve não é abusiva porque foi comunicada
com antecedência pelos empregados à empresa. Também foi determinada a
formação de uma comissão com representantes da empresa e dos empregados
para debater a adaptação do plano de saúde oferecido atualmente às
normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Segundo os Correios, cerca de 11,8 mil funcionários aderiram à greve
até hoje (27), o que representa 9,8% dos 120 mil funcionários da
empresa. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios,
Telégrafos e Similares (Fentect) estima que o percentual de adesão foi
entre 40% e 50%.
Edição: Davi Oliveira