Segunda, 31 de março de 2014
RENATO RIELLA
José Roberto Arruda está prestes a atingir a faixa de 30% nas pesquisas eleitorais, segundo os últimos estudos que vi. Esta situação vai se consolidar à medida que o apoio de Joaquim Roriz chegar ao conhecimento do povão.
José Roberto Arruda está prestes a atingir a faixa de 30% nas pesquisas eleitorais, segundo os últimos estudos que vi. Esta situação vai se consolidar à medida que o apoio de Joaquim Roriz chegar ao conhecimento do povão.
Pode ser dito tecnicamente que a presença de Arruda no segundo turno
da eleição de governador está praticamente assegurada. Isso se o voo
eleitoral não for interrompido por alguma condenação em segunda
instância na Justiça do DF – o que é possível.
Lembrei, de repente, que Brasília vai fazer 54 anos em 21 de abril.
Não é mais uma cidade adolescente. Pelo contrário! Atinge a faixa da
meia idade, quando deve ser responsável pelos seus atos.
Vejo, com perplexidade, que pelo menos 30% dos eleitores do Distrito
Federal aceitam a volta de José Roberto Arruda. E os demais estão
praticamente calados sobre isso. Destemido, o pré-candidato a governador
pelo PR usa linguagem perigosa e desafiadora, classificando as decisões
da Justiça como “tapetão”.
Aprendi que a sociedade é soberana nos seus erros e acertos. Como
jornalista experiente, nunca brigo com a notícia. Portanto, passo neste
momento a ser apenas observador dessa realidade preocupante. Voltarei a
tratar do tema apenas se houver fato relevante no mundo da Justiça.
Destaco que Agnelo Queiroz perdeu mais da metade do governo envolvido
em processos do Ministério do Esporte e da Anvisa. Foi um inferno a sua
administração!
Se Arruda for eleito, viveremos essa situação em escala ampliada,
pois o ex-governador responde a um número muito maior de processos.
Como governador, se eleito, Arruda verá seus processos “subirem” da
Justiça Comum para o Superior Tribunal de Justiça, pois ele passará a
ter o chamado foro privilegiado.
O foro privilegiado parece ser favorável, mas Zé Dirceu, Genoíno e
seus parceiros viram que não é tanto assim, tendo em vista que os
processos correm mais rápido – e as condenações também.
No entanto, quando Arruda perceber que pode ser condenado de forma
perigosa no STJ, bastará a ele fazer como o ex-governador de Minas,
Eduardo Azeredo, acaba de fazer. Renunciando ao mandato de governador,
os processos voltam à Justiça Comum e o acusado passa a ganhar mais
alguns anos antes do julgamento.
É tudo muito complicado neste Brasil da impunidade. Mas não podemos
esquecer que o ex-assessor do Senado José Carlos Alves dos Santos acaba
de ser julgado e preso, 21 anos depois dos crimes praticados.
Dito tudo isso, devemos nos preparar para seis meses de muita tensão no DF, numa eleição dura como nunca se viu.
Nesse momento, fico na minha e digo a velha frase: quero ver o oceano pegar fogo para comer peixe frito de graça.
Boa sorte para todos os brasilienses!
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