Quarta, 19 de março de 2014
Preso pela Operação Lava Jato teria intermediado contratos
de laboratório com pasta em dezembro de 2013, na gestão de Alexandre
Padilha
por Fausto Macedo e Lígia Formenti
O Estado de S. Paulo
A Operação Lava-Jato da Polícia Federal rastreou suposto esquema de
desvio de recursos públicos envolvendo contrato da Labogen S/A Química
Fina com o Ministério da Saúde.
Interceptações telefônicas da PF apontam para um negócio firmado
entre governo e a empresa para fornecimento de remédio usado no
tratamento de hipertensão pulmonar, no valor de R$ 6,2 milhões por ano. O
contrato, de dezembro de 2013 – gestão Alexandre Padilha, pré-candidato
ao governo paulista pelo PT –, tem o formato de Parceria de
Desenvolvimento Produtivo (PDP), modelo que começou a ser usado em 2009 e
ganhou força nos últimos dois anos.
A Lava Jato foi deflagrada segunda-feira e prendeu 24 investigados em
6 Estados e no Distrito Federal por lavagem de R$ 10 bilhões, através
da ocultação de bens adquiridos de forma ilícita. O doleiro Alberto
Youssef é o alvo maior da missão.
Vigiando os movimentos de Youssef, a PF descobriu que um aliado dele,
provavelmente por sua influência, conseguiu firmar contrato de R$ 150
milhões para fabricação no Brasil e o fornecimento à Saúde do
medicamento citrato de sildenafila. O negócio teve amparo em Parceria
para Desenvolvimento Produtivo (PDP), criada pela Portaria 837, de 18 de
abril de 2012.
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