Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 14 de março de 2014

No corredor da morte

Sexta, 14 de março de 2014
Do Blog do Noblat
por Maria Helena RR de Sousa

Glenn Ford tinha 38 anos quando foi condenado à morte. Agora, aos 64, depois de passar 26 anos, 9490 dias, 227.760 horas numa cela à espera que o Estado cumprisse a sentença do Tribunal e o matasse, foi liberado e sai do corredor da morte um homem livre. E rico. Será indenizado com uma quantia que pode ir de U$25 mil a U$250 mil “por ano perdido e mais U$ 80 mil pela perda das oportunidades na vida”.

Entre as oportunidades que perdeu na vida será que contabilizaram a oportunidade de ver seu filho, que era um bebê quando ele foi preso, começar a andar, aprender a dizer papai, correr para ele ao fim do dia para um abraço apertado, fazer a barba pela primeira vez, se apaixonar pela menina da casa ao lado, cantar no chuveiro, dançar, chorar e rir muitas vezes?