Segunda, 3 de março de 2014
"Da Agência Brasil
Edição: Graça Adjuto
O Ministério dos Negócios
Estrangeiros russo considerou hoje (3) que as advertências feitas pelo
secretário de Estado norte-americano, John Kerry, quanto à atuação na
Ucrânia são inaceitáveis.
“Consideramos que as ameaças feitas à Rússia em uma série de
declarações públicas do secretário de Estado norte-americano sobre os
últimos acontecimentos na Ucrânia e na Crimeia são inaceitáveis”,
destacou o ministério em declaração divulgada em sua página na internet.
Moscou acusou Kerry de recorrer a “clichês da Guerra Fria”, sem se
preocupar em compreender os processos complexos que ocorrem na sociedade
ucraniana. Kerry não conseguiu “avaliar objetivamente a situação, que
continua a deteriorar-se depois da tomada do poder em Kiev por
extremistas radicais”, acrescenta a nota.
Moscou acusa os Estados Unidos e seus aliados de fecharem os olhos à
“russofobia e ao antissemitismo evidentes” dos manifestantes da oposição
que tomaram o poder em Kiev. “Os aliados do Ocidente neste momento são
abertamente neonazistas que atacaram igrejas ortodoxas e sinagogas”, diz
o ministério na declaração.
Kerry, que deve ir a Kiev amanhã (4), advertiu a Rússia no sábado
(1º) de que o envio de tropas para a Crimeia, no Sul da Ucrânia, podia
implicar sua exclusão do G8 (grupo formado pelos Estados Unidos, o
Canadá, a Alemanha, França, Itália, o Reino Unido e Japão, mais a
Rússia) e a aplicação de sanções internacionais.
Os outros membros do G8 divulgaram declaração nesse domingo,
lembrando que a sua participação na cúpula prevista para junho, em
Sochi, não está assegurada.
John Kerry acusou a Rússia de “violação da “soberania” e da
“integridade territorial” da Ucrânia, assim como das “convenções
internacionais”, ao decidir enviar tropas para a Crimeia.
*Com informações da Agência Lusa