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(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Três prisões da Operação Lava Jato são mantidas após análise no STJ

Sexta, 13 de fevereiro de 2015
Do MPF
Gerson Almada, Carlos Habib Chatter e João Procópio Junqueira continuam presos a pedido do MPF. Habeas Corpus de Renato Duque foi julgado prejudicado porque já houve decisão do STF

Quatro pedidos de liberdade de acusados de envolvimento na Operação Lava Jato foram analisados, nessa quinta-feira, 12 de fevereiro, pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). As prisões preventivas foram solicitadas pelo Ministério Público Federal (MPF) no Paraná dentro da Operação Lava Jato, que apura o desvio de recursos públicos a Petrobras. Dois habeas corpus (HC) foram extintos sem julgamento de mérito, um foi rejeitado e outro foi adiado a pedido da defesa. O relator de todos os casos é o desembargador convocado Newton Trisotto.
O pedido de liberdade do vice-presidente da Engevix, Gerson Mello Almada (HC 309856), foi um dos extintos sem julgamento do mérito. Por decisão da 13ª Vara Federal de Curitiba, ele foi preso preventivamente em 10 de novembro de 2014 e teve a prisão mantida em 2 de dezembro de 2014. Na ocasião, o juiz Sérgio Moro explicou que a prisão cautelar se impôs para prevenir a continuidade do ciclo delituoso, alertando não só a ele, mas também à empresa das consequências da prática de crimes no âmbito de seus negócios com a Administração Pública.

No STJ, a defesa questionava decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) que negou liminar e manteve Gerson Almada na prisão. Como o TRF4 já proferiu nova decisão no caso, o pedido ao STJ ficou prejudicado e o executivo permanece preso.

O pedido do ex-diretor da Petrobras Renato de Souza Duque (HC 310257) também foi extinto sem julgamento de mérito. No caso de Duque, já houve decisão do Supremo Tribunal Federal mandando soltá-lo, apesar de parecer favorável à prisão preventiva enviado no processo pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O agravo do empresário Carlos Habib Chatter (HC 305.944) foi rejeitado pela Quinta Turma. A defesa questionava o indeferimento do habeas corpus pelo relator em razão de deficiência na instrução do pedido.

O habeas corpus de João Procópio Junqueira (HC 302.604), apontado como auxiliar do doleiro Alberto Youssef, foi adiado a pedido da defesa, que deseja apresentar memoriais aos ministros que compõem a Turma. O parecer da Procuradoria Geral da República é pelo não cabimento do habeas corpus e, se cabível, pela não concessão.

* Com informações do STJ.