A defesa de Rafael ficou preocupada 
após a última audiência: o juiz negou o pedido para que a única 
testemunha de acusação que não é PM seja ouvida no processo. 
Para piorar, ele também não quis analisar os dados de GPS da 
tornozeleira que Rafael usava quando foi preso pela segunda vez, que 
poderiam comprovar a versão de que ele foi coagido pelos policiais. 
 
Em 20 de junho de 2013, 1 milhão de cariocas ocuparam a Avenida 
Presidente Vargas contra o aumento da tarifa de ônibus. Próximo ao 
local, Rafael Braga foi preso acusado de portar coquetéis molotov 
enquanto, na verdade, levava duas garrafas de produtos de limpeza para 
sua tia. Condenado imediatamente pela grande mídia, em apenas 5 meses 
Rafael foi considerado culpado pela justiça. Apesar do laudo 
contraditório da Polícia Civil, que reconhecia que os líquidos não eram 
explosivos e que as garrafas de plástico inviabilizariam um coquetel 
molotov, Rafael foi condenado por porte de aparato incendiário ou 
explosivo. 
  
Por uma justiça que não encarcere injustamente a juventude negra,
  
Laura, Debora e toda a equipe do Meu Rio 
 
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