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(Millôr Fernandes)

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Baratas foram encontradas em paciente no HRC. Mas por quê?

Terça, 20 de dezembro de 2016
20/12/2016 - Por SindSaúde DF 


Recentemente, foram encontradas seis baratas no leito de paciente no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Mas afinal, quem é o responsável por essa situação?
Parte 1 – Manutenção Predial
Ao falar sobre baratas, é preciso considerar que elas são uma praga urbana e vivem em local úmido, escuro e principalmente onde existe fonte alimentar segura. A blitz do SindSaúde no HRC flagrou inúmeros locais que servem como o habitat das baratas. Foram encontradas diversas rachaduras, batentes de madeira sem vedação, ralos sem fechadura, tomadas abertas, entre outros (Veja imagens abaixo).
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Estamos falando de um hospital que existe há 35 anos e que não possui manutenção predial. Fontes do SindSaúde informaram que a unidade só recebe pequenos reparos que servem apenas para maquiar as instalações, mas não resolvem os problemas estruturais. Como a SES deixa um hospital desta estatura sem manutenção durante tantos anos?

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Parte 2 – Maus Hábitos
Outro fator que contribui para a proliferação das baratas nos hospitais são os maus hábitos no cuidado com os alimentos. Estudos mostram que estes insetos se alimentam praticamente de tudo. Restos de comida, como biscoitos, o copinho com gotas de café, marmita deixada de um dia para o outro, sabonetes e até cremes adocicados. Além disso, as roupas sujas com fezes e vômito também são focos que lhes servem de alimento.
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Sabendo disto, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) tem o dever de orientar e educar os pacientes e seus acompanhantes sobre o manuseio dos alimentos em ambiente hospitalar. Afinal, se as baratas vivem até 45 dias sem comida e 14 sem água, elas irão viver muito mais tendo tantas fontes alimentares. A incompetência da SES fez o problema se expandir, pois as baratas alimentam-se de escorpiões e estes também começaram a aparecer no HRC.
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Outro lado
O SindSaúde apurou, em empresa responsável, que a dedetização está sendo feita nas datas corretas e com os químicos adequados. Além disso, os profissionais da limpeza também estão cumprindo seu dever de forma exímia. Todavia, esse serviço fica em vão se a SES não atentar para a manutenção predial e nem para uma campanha de conscientização. Ou seja, há uma contribuição da SES para a proliferação das baratas, uma vez que não estão tratando o problema pela raiz. Os servidores da Saúde vivem reféns desse caos, pois além de trabalhar em péssimas condições, ainda têm que saltar os bichos escrotos. Cadê a vigilância epidemiológica? Ela precisa ser notificada!
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Todavia, a pergunta que não quer calar é a seguinte: por que foram encontradas seis baratas em um único leito de um paciente? O fato levanta uma grande suspeita.
SERÁ QUE PARA IMPLANTAR OSs, VALE TUDO? ATÉ CRIAR E TRANSPORTAR OS BICHOS ESCROTOS?
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Aguarde a parte 3 desta reportagem. E no próximo ano vamos falar sobre os roedores, animais domésticos e pombos.