Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Saúde Pública: o abandono do Gama

Segunda, 14 de maio de 2018
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna


Com o principal Centro de Saúde fechado, com o abandono da construção da UPA do Setor Leste, o Gama, agora fica sem assistência pediátrica no HRG.

Por
Chico Sant’Anna

Nos anos 70, um clássico da música candanga, de Renato Matos, dizia que para quem mora no Gama um telefone era muito pouco. Mas é a isto que a população da cidade deve recorrer se precisar se socorro pediátrico. Ligar pro Samu ou pro Uber e correr pro Plano Piloto.

Dandara é uma das 40 mil crianças e adolescentes do Gama que vão ficar sem assistência pediátrica na cidade. Com a mãe, foi participar da luta pela reabertura do Pronto Atendimento Infantil e Pediatria do HRG.

O governo do Distrito Federal decretou que as crianças da cidade do Gama não têm direito à Saúde.

Na cidade de mais de 150 mil habitantes, dos quais cerca de 40 mil são crianças e adolescentes, o GDF simplesmente fechou integralmente a pediatria no Hospital Regional do Gama, uma das unidades clínicas mais tradicionais do Distrito Federal e que ainda atendia uma parcela considerável de pacientes provenientes dos municípios goianos do Entorno.

Reinaugurado em março de 2017, com todas as festas que sugere o marketing político, o pronto socorro infantil, pouco mais de um ano depois, não existe mais. Todas suas instalações foram esvaziadas. Não sobrou uma maca sequer. Tudo foi levado para Santa Maria.