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(Millôr Fernandes)

sábado, 13 de outubro de 2018

Saúde e bem-estar. 40 - Para não comer XI — Iogurte "tradicional"

Sábado, 13 de outubro de 2018
Por
Aldemario Araujo


SAÚDE E BEM-ESTAR

50 textos (um a cada final de semana). Registros de uma caminhada em busca de saúde e bem-estar consistentes e duradouros. Veja todos os escritos em: http://www.aldemario.adv.br/saude.htm


40 PARA NÃO COMER XI – IOGURTE “TRADICIONAL”

O doutor Joseph Mercola é mundialmente conhecido no campo da “medicina natural” em função de seus livros e intensa atuação profissional. O site mercola.com é considera o portal mais pesquisado na internet acerca de saúde natural. 

Mercola, no livro “Cura sem esforço”, dedica um capítulo aos alimentos reconhecidos amplamente como saudáveis mas que devem ser evitados. São eles: a) cereais integrais; b) adoçantes naturais como agave; c) produtos de soja não fermentada; d) óleo vegetal; e) a maior parte dos peixes e f) iogurte tradicional.

Os dados relacionados com o consumo de iogurte indicam que na última década praticamente dobrou a ingestão por pessoa. Um em cada três norte-americanos consome iogurte com regularidade. 

O doutor Mercola destaca que o iogurte pode ser uma excelente fonte de probióticos, gordura saturada, vitamina D, cálcio e várias enzimas benéficas. Para tanto, é preciso prepará-lo num processo onde culturas vivas fermentam o leite cru de vacas criadas em pasto. 

O iogurte “tradicional” vendido pela indústria alimentícia não passa de “… uma guloseima cremosa que fornece poucos benefícios além de um sabor agradável”, nas palavras de Mercola. O problema básico, segundo o famoso médico, reside na utilização de leite de vacas criadas em regime de confinamento. Esse leite: a) é pobre em nutrientes (em função da substituição do capim por milho e soja geneticamente modificados); b) é rico em gorduras ômega-6 (nocivas a partir de certa quantidade) e c) contém uma considerável quantidade de antibióticos (ingeridos pelas vacas para manutenção da imunidade a doenças) e hormônios de crescimento. 

Os iogurtes “tradicionais” semidesnatados ou desnatados são motivos de preocupações adicionais. Primeiro, porque a retirada da gordura saturada reduz drasticamente a quantidade de importantes nutrientes. Segundo, porque a adição de certas substâncias químicas aumenta. São espessantes, estabilizantes, corantes e aromatizantes. Terceiro, porque a quantidade de açúcar ou adoçantes artificiais (nas versões “light”) é muito alta. 

Temos, aqui, uma aplicação específica das recomendações mencionadas em escrito anterior desta série. Como foi dito, o “Guia alimentar para a população brasileira”, veiculado pelo Ministério da Saúde, indica, entre outros: a) fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação; b) limitar o consumo de alimentos processados e c) evitar o consumo de alimentos ultraprocessados. 

Nessa linha, os iogurtes “tradicionais” (ou artificiais) devem ser evitados, assim como: a) barrinhas de cereais; b) refrigerantes; c) sucos de caixinha; d) sobremesas lácteas (em geral); e) bisnaguinhas; f) cereais matinais e g) produtos light e diet.