Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

O papel histórico da Petrobrás

Segunda, 21 de fevereiro de 2022

Da AEPET
Escrito por George Torres Barbosa
21 Fevereiro

Guedes respira por aparelhos devido à sua própria inépcia na condução da economia.

O grande respirador que o mantém vivo se consubstancia nos 375 bilhões de dólares que o governo horrível do PT acumulou em reservas internacionais.

Assim também, a Petrobrás vive hoje dos mais de 2,2 milhões de barris diários de petróleo produzidos no pré-sal, contra 730 mil barris no pós sal. Hoje, o custo de extração, sem considerar as participações governamentais (royalties etc. ...) e custo de afretamento, são de 8 dólares, no pós sal da bacia de Campos e de 3,5 dólares no pré-sal da bacia de Santos, segundo dados divulgados pela própria Petrobrás. Lembremos que, ao assumir a presidência da Petrobrás, Pedro Parente declarou ser feitiche de petistas essa história de pré sal.

Igualmente, os sabichões da mídia comercial, Miriam Leitão e Sardenberg à testa, disseram que o pré sal não existia e, depois de contrariados pelas evidências, que a Petrobrás não teria capacidade de explorar e produzir o petróleo do pré-sal, porquanto estivesse excessivamente endividada.

Exatamente para viabilizar a produção no pré-sal, a 300 km da costa e 7 km de profundidade, é que foi contraída a dívida nas gestões petistas. Essa dívida era perfeitamente compatível com as reservas de óleo e gás e a permanência dessas reservas e demais ativos geradores de caixa em mãos da Petrobrás. Ao contrário do que alardeiam os seus detratores.

Se as gestões golpistas de Temer e Bolsonaro seguirem, de modo temerário, vendendo refinarias, reservas e subsidiárias abaixo do preço de mercado, como foi o caso do campo de Carcará, aonde o barril de petróleo foi entregue à Statoil, hoje Equinor, mais barato do que uma lata de refrigerante, chegará o momento em que a Petrobrás ficará somente com a dívida. O velho golpe da profecia auto realizável.

Pedro Parente, Castelo Branco diziam que era preciso vender ativos e subsidiárias da Petrobrás para reduzir a dívida e trocar por novas dívidas a taxas de juros menores. É uma falácia pois as menores taxas de captação da Petrobrás registradas até hoje foram de 4,3 ao ano, em 2013, durante o governo Dilma Rousseff. Pela singela razão de que o capital busca desesperadamente negócios rentáveis e perenes e o pré sal é um porto seguro para os investidores que acreditam na inovação tecnológica da Petrobrás e seu conhecimento geofísico de nossas bacias sedimentares, não Exxon Mobil que teve, como a Shell também teve, blocos do pré-sal nas mãos e não tiveram êxito. Só quando em consórcio com a Petrobrás e confiando na sua capacidade de operação.

Emblemático, neste sentido, o lançamento de dívida para resgate em 100 anos, os Century Bonds pela Petrobrás, exatamente em 2015, no auge do linchamento midiático. Mesmo ano em que a Petrobrás recebeu 3 premiações em Houston, o prêmio Nobel da indústria petrolífera, justamente pelo desenvolvimento das tecnologias necessárias à exploração do pré-sal em águas ultra profundas. É este o legado das gestões petistas, honrando a memória de generais nacionalistas que lutaram junto com a União Nacional dos Estudantes, tais como Horta Barbosa, Estillac Leal, Felicíssimo Cardoso, o pai de FHC e o tio também.

Hoje o general Luna e Silva diz que a função da Petrobrás é, apenas, pagar dividendos estratosféricos aos acionistas, maioria deles estrangeiros graças à FHC, impostos e demais participações governamentais, graças ao PPI que ameaça a segurança energética do país pois pratica preço de importação dos EUA, acrescido do custo de frete, seguro e custos de internação dos derivados, como se não produzissemos óleo e gás no Brasil e tivéssemos capacidade de refino equivalente à, pelo menos, 85 por cento do consumo de derivados do nosso mercado interno.

O general Luna e Silva ignora a história do Brasil que já nos mostrou, com clareza irrefutável, qual é uma das maiores virtudes da Petrobrás : a indução da atividade industrial, ciência e tecnologia nacional, da construção pesada e da engenharia naval, esteios do desenvolvimento econômico sustentando e, sobremaneira, da defesa nacional. O general Luna e Silva prefere exportar óleo crú e importar derivados a preço proibitivo para os brasileiros e, pasmem, interditar a via do desenvolvimento autônomo, crucial para a soberania nacional, consubstanciada na construção de submarinos nucleares em Itaguaí, não por acaso, através da Odebrecht, um dos alvos preferênciais da famigerada lava jato juntamente com o almirante Othon Pinheiro que cometeu a heresia de desenvolver centrífugas para enriquecimento de urânio e conduzir a construção de Angra 3.

Hoje o barril de petróleo está acima de 92 dólares e ameaçando tocar rapidamente em 100 dólares, devido à tensão na Ucrânia que, na verdade tem muito a ver com o fornecimento de gás para Alemanha e outros países europeus. Logo, considerando o custo de extração no pré-sal de 8 dólares, tendente a diminuir, mercê da tecnologia incremental desenvolvida permanentemente pela Petrobrás, há um espaço de, aproximadamente, 84 dólares para distribuir entre os diferentes stakeholders ( públicos de interesse que disputam a renda petroleira), sem necessidade de esfolar o povo brasileiro e, nem tampouco, fatiar a Petrobrás em verdadeiro catabolismo que leva, no limite, ao suicídio da nossa melhor alavanca de progresso que aplicada ponto de apoio correto, o pré-sal, pode mover o mundo como diria Arquimedes.

Fonte: AEPET —Associação dos Engenheiros da Petrobrás