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(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 17 de março de 2023

"A História da Petrobrás", leitura imprescindível

Sexta, 17 de março de 2023

"A História da Petrobrás", leitura imprescindível
Publicado na página da AEPET em 16/03/2023

Com o lançamento da terceira e última parte de “A História da Petrobrás”, escrita pelo jornalista José Augusto Ribeiro, a AEPET espera contribuir para um melhor entendimento, tanto da História da empresa, como do Brasil, nos últimos 70 anos.

Ou seja, nem um século se passou desde a criação da Petrobrás, em 3 de outubro de 1953, fruto da tenacidade e habilidade política de Getúlio Vargas, que propôs o projeto de lei em 1951, que foi aprovado quase dois anos depois como a Lei 2004.

Entretanto, esse passo decisivo para a construção da soberania energética brasileira, foi severamente combatido pelas forças retrógadas desde a década de 1930, quando Getúlio começou a embalar o sonho da Petrobrás. E desde sua efetiva criação, a Petrobrás nunca deixou de ser alvo dos vassalos do imperialismo, principalmente norte-americano. Getúlio pagou com a própria vida o enfrentamento a esses interesses antinacionalistas, suicidando-se menos de um ano após a criação da Petrobrás, em 24 de agosto de 1954. Com seu gesto extremo, Getúlio garantiu a sobrevivência da Petrobrás.

Mas os inimigos da Soberania do Brasil, obrigados a um recuo estratégico, sempre tramaram na surdina novos ataques. Entre eles o golpe de 1964, que colocou os militares no poder, sempre com o lema da luta contra o comunismo, a defesa da família e da propriedade. Entretanto, os mesmo militares que rasgaram a Constituição e implantaram o estado de terror dos anos de chumbo, não seguiram a cartilha capitalista do entreguismo. Ao contrário, viram na Petrobrás, Eletrobras e outras estatais o caminho para construir a soberania energética do Brasil, que resultou na descoberta da Bacia de Campos, na construção da hidrelétrica de Itaipu e na usina nuclear de Angra.

Se a redemocratização trouxe de volta o Estado Democrático de Direito, com a Constituição Cidadã, também permitiu e deu voz poderosa àqueles que defendiam o Estado mínimo e à superioridade da iniciativa privada, como a única capaz de produzir desenvolvimento. Estados Unidos e o Reino Unido à frente impunham o neoliberalismo (ou neocolonialismo) como o único caminho possível.

José Augusto Ribeiro traz à lembrança os sucessivos ataques à Petrobrás, que culminou no governo de FHC, com o fim do monopólio estatal sobre o petróleo. Mas a Petrobrás conseguiu manter-se ativa e descobriu o pré-sal. Nos três primeiros governos petistas, a empresa deu novo fôlego ao desenvolvimento brasileiro, redistribuindo a renda petroleira a diversos setores industrias do Brasil. Entretanto, o segundo governo de Dilma Roussef foi duramente atingido pelos efeitos da operação Lava Jato, que teve como objetivo principal criminalizar a Petrobrás. Desde então, a empresa foi alvo direto da barbaridade privatista e da defesa unicamente dos interesses dos acionistas minoritários, principalmente estrangeiros.

Por isso, a leitura de “A História da Petrobrás”, nestes 70 anos da fundação da empresa, torna-se necessária. É preciso entender o passado para não cometer os mesmo erros agora e no futuro. A defesa da Petrobrás como uma empresa integrada de energia é parte essencial da defesa da Soberania Nacional.

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ENERGIZANDO

*Fruto de um processo de desmonte da Petrobrás, tragédia da P-36 completa 22 anos


**"Há fortes indícios de propina", diz Omar Aziz, sobre joias doadas por sauditas a Bolsonaro