Sexta, 17 de junho de 2016
Do SindSaúde/DF
17/06/2016
Por Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde
Mais uma pérola do secretário:
consertar, em míseros 45 dias, décadas de sucateamento e abandono da
rede pública de saúde. É assim que ele busca vender o peixe das
organizações sociais para a população, como uma solução imediata, do dia
para a noite, para todos os problemas. Só que nem todos caem facilmente
nessa balela. Quem verdadeiramente conhece a Saúde do DF, o que ele,
apesar de médico, parece não ter muita noção a respeito, sabe que
difundir as OSs como salvação nada mais é do que um objetivo alcançado.
Primeiro se desconstrói o SUS para depois entregá-lo à iniciativa
privada. O que vem em seguida é apenas enriquecimento das empresas
aliadas ao governo, servidores com seus direitos ameaçados e nenhum
benefício para o paciente.
O secretário deveria explicar como pretende melhorar a saúde nesse prazo com um número ainda mais reduzido de atendimento. Diferentemente do SUS, cuja maior característica é a universalidade, as OSs não respeitam a dor e o sofrimento daqueles que a procuram. Atendem apenas uma determinada quantidade de pessoas por dia, azar daqueles que chegarem depois. Vimos isso em Recife, no Hospital Pelópidas, gerido por uma OS, que atendia apenas pacientes triados. Onde já se viu um hospital com portas fechadas e sem emergência? Pois então, lá é assim.
Humberto Lucena é sarcástico e só pode estar zombando da inteligência do povo e dos servidores. Afirmar um prazo de 45 dias é menosprezar as faculdades mentais de qualquer pessoa, chega a ser uma agressão. Conta outra, secretário!
===========
No caso da ADMC, obtivemos uma resposta um tanto quanto rude. Ao solicitarmos, via e-mail, a reserva do auditório, uma pessoa que provavelmente desconhece a mobilização da categoria, classificou a realização da assembleia como prejudicial ao trabalho dos servidores, ao funcionamento da administração central e, consequentemente, a saúde da população do Distrito Federal.
Confira a resposta na íntegra:
“Cumprimentando-a, valho-me do presente para esclarecer que o auditório cuja utilização é solicitada classifica-se como bem de uso especial, nos termos do art. 99, II, do Código Civil. Nessa condição, está afeto ao trabalho da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal.
Outrossim, saliento que a data e horas solicitadas constituem horário de expediente da Secretaria, e sua utilização para um evento dessa magnitude prejudicaria o trabalho dos servidores, o funcionamento da administração central e, consequentemente, a saúde da população do Distrito Federal, o que é especialmente grave na vigência de um decreto de emergência.
Atenciosamente,
Aguardem, máscaras vão cair!
O secretário deveria explicar como pretende melhorar a saúde nesse prazo com um número ainda mais reduzido de atendimento. Diferentemente do SUS, cuja maior característica é a universalidade, as OSs não respeitam a dor e o sofrimento daqueles que a procuram. Atendem apenas uma determinada quantidade de pessoas por dia, azar daqueles que chegarem depois. Vimos isso em Recife, no Hospital Pelópidas, gerido por uma OS, que atendia apenas pacientes triados. Onde já se viu um hospital com portas fechadas e sem emergência? Pois então, lá é assim.
Humberto Lucena é sarcástico e só pode estar zombando da inteligência do povo e dos servidores. Afirmar um prazo de 45 dias é menosprezar as faculdades mentais de qualquer pessoa, chega a ser uma agressão. Conta outra, secretário!
===========
Censura da Secretaria de Saúde: SindSaúde é impedido de realizar assembleia na ADMC (Administração Central)
17/06/2016
Por SindSaúde DF
Por SindSaúde DF
O novo estilo de gestão da Secretaria de
Saúde (SES-DF) fica cada dia mais claro. Sob a tutela de Humberto
Lucena, a Pasta vem demonstrando atitudes restritivas no que diz
respeito ao diálogo com servidores e as entidades que os representam.
Como há muito não se via dentro da SES-DF, fomos impedidos de realizar
assembleia na Administração Central (ADMC), agendada para esta
sexta-feira (17).
No caso da ADMC, obtivemos uma resposta um tanto quanto rude. Ao solicitarmos, via e-mail, a reserva do auditório, uma pessoa que provavelmente desconhece a mobilização da categoria, classificou a realização da assembleia como prejudicial ao trabalho dos servidores, ao funcionamento da administração central e, consequentemente, a saúde da população do Distrito Federal.
Confira a resposta na íntegra:
“Cumprimentando-a, valho-me do presente para esclarecer que o auditório cuja utilização é solicitada classifica-se como bem de uso especial, nos termos do art. 99, II, do Código Civil. Nessa condição, está afeto ao trabalho da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal.
Outrossim, saliento que a data e horas solicitadas constituem horário de expediente da Secretaria, e sua utilização para um evento dessa magnitude prejudicaria o trabalho dos servidores, o funcionamento da administração central e, consequentemente, a saúde da população do Distrito Federal, o que é especialmente grave na vigência de um decreto de emergência.
Atenciosamente,
Igor Morais Vasconcelos
Secretaria de Estado de Saúde do DF
Secretaria de Estado de Saúde do DF
Roberta Teixeira
Secretaria de Estado de Saúde do DF”
Secretaria de Estado de Saúde do DF”
Aos senhores Igor e Roberta, que assinam
o e-mail, esclarecemos que não são as poucas horas destinadas ao debate
das reivindicações da categoria que atrapalham o funcionamento e saúde
como um todo. O que atrapalha é o superfaturamento de contratos, dos
kits de dengue, é a obediência a ‘irmandade’, é rasgar o empenho dos
marca-passos, é negar UTI para pacientes, é maquiar a inauguração de
berçários e, acima de tudo, a péssima gestão da Pasta que representam.
Em vez de fazer corretagem de OS, o secretário deveria cuidar da saúde
do povo.
Isso não vai impedir a luta dos
trabalhadores, pois o movimento sindical foi construído na ditadura,
onde até se matava. Não vamos nos acovardar diante de uma gestão que
chegou agora e nem sabe se fica.
Deixamos aqui o nosso mais profundo
repúdio a essa ou qualquer outra forma de censura por parte do governo.
Isso só mostra mais uma vez o que devemos esperar de um secretário que
diz respeitar os direitos dos trabalhadores, mas permite que seus
subordinados tentem calar a voz dos servidores.
Aguardem, máscaras vão cair!