Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Auditoria Cidadã da Dívida desmascara declarações de Dilma

Sexta, 10 de setembro de 2010
Leia a seguir texto do site da Auditoria Cidadã da Dívida

O Portal G1 traz as declarações da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, de que o pagamento da dívida com o FMI tornou o país independente, e que agora o país deixou de ser devedor e passou a ser credor.

Porém, na realidade, o pagamento ao FMI, feito ao final de 2005, significou o pagamento de uma dívida ilegítima e nunca auditada, desrespeitando a Constituição Federal. O pagamento ao FMI foi feito às custas de mais dívida interna, com juros maiores e prazos menores. Portanto, não é correto dizer que a dívida teria acabado. Na verdade, ela não pára de crescer.

Além do mais, as imposições feitas pelo FMI continuam vigentes, e sendo constantemente aplicadas pelo governo, como o superávit primário (cortes de gastos sociais para o pagamento da dívida). Prova disso é a afirmação do Secretário do Tesouro, Arno Augustin, no jornal Estado de São Paulo, de que “Cortaremos despesas para atingir meta” de superávit primário.

As reformas impostas pelo FMI continuam vigentes, a exemplo da Previdenciária e a Tributária, que sacrifica os trabalhadores para privilegiar os rentistas. Por isso, infelizmente não se pode dizer que o Brasil é independente.

Estas reformas também estão sendo impostas pelo FMI na Europa, conforme mostra notícia da Folha Online. Os governos da Grécia, Espanha, Itália e Romênia implementam aumentos tributários e cortes de salários e gastos públicos, enquanto na França 2 milhões de pessoas se manifestaram ontem (7/9) contra a Reforma da Previdência. O argumento oficial é sempre o mesmo: de que não há recursos.

Porém, quando o setor financeiro vai à falência, os governos prontamente organizam pacotes trilionários de ajuda. A União Européia, por exemplo, ajudou os bancos em trilhões de euros nos últimos anos, e para isso, se endividou. Agora, para pagar esta dívida ilegítima, os governos propõem cortes de gastos sociais.

Mas os trabalhadores de toda a Europa não vão deixar o FMI seguir impondo sua agenda nefasta.
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