Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

De bezerras, mensaleiros e coisas tais

Terça, 21 de setembro de 2010
O debate de ontem (20/9) na TV Record entre candidatos a governador do DF reuniu Roriz (PSC), Agnelo (PT), Eduardo Brandão (PV) e Toninho do Psol. Não foram convidados, o que é reprovável, os candidatos Frank Svensson (PCB), Ricardo Machado (PCO), Rodrigo Dantas (PSTU) e Newton Lins (PSL). Reprovável também é o horário em que se dá esse tipo de debate. Sempre altas horas da noite, quando muita gente já tem que estar dormindo para enfrentar o batente do dia seguinte.

O de ontem terminou quase uma hora da manhã desta terça. De qualquer forma, é melhor assim do que não realizar debates e a coisa ficar só nas peças publicitárias, e mais do que ensaiadas, do horário eleitoral gratuito de TV.

Vimos ontem Roriz fugindo da bezerra. Agnelo se fingindo de morto, afastando-se dos companheiros de coligação, em especial daqueles apanhados na Caixa de Pandora ou acusados de falcatruas. Eduardo Brando suando para explicar sua intenção de participar de qualquer governo que venha a assumir o Distrito Federal.

Toninho do Psol, que concorre sem coligação, adversário de Roriz de longas datas, e também de Filippelli (vice de Agnelo e que foi homem de confiança de Arruda e de Roriz); sem envolvimento com o governo de Arruda (Eduardo Brandão foi subsecretário do Meio Ambiente); pertencente ao partido que impugnou a candidatura de Roriz e, anteriormente, havia denunciado o ex-governador no Senado, forçando-o a renunciar ao mandato de senador, esteve como atirador. Não tremeu a voz, não gaguejou, coisas que aconteceram com os demais debatedores. Não ficou esfregando as mãos compulsivamente e nem piscando incessantemente. Encarava a câmara, não desviava o olhar. Estava tranquilo. Ganhou o debate.

Resta agora a Toninho do Psol o mais difícil. A tarefa de transformar as suas vitórias nos debates em votos na urna.