Quarta, 13 de julho de 2011
Da Radioagência NP
A decisão sobre o Data Base dos aeroportuários
será adotada no dia 20 de julho. Como o governo federal tem demonstrado
que não concederá reajuste acima da inflação, a categoria já pensa em
greve. Paralelo às questões trabalhistas, está na pauta de discussão o
modelo de concessão que transfere a administração de alguns dos
principais aeroportos do país para a iniciativa privada.
No último dia 6, diversos terminais foram alvos de protestos. O
presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Francisco
Lemos, lembra que a manifestação teve o objetivo de defender o controle
estatal do setor aéreo.
“Estamos contra, principalmente, a Infraero ficar como minoritária na
parceria. Ela só poderá ter até 49%. A navegação aérea, carga aérea,
segurança, operações e o controle tarifário devem ficar na mão do
Estado.”
O Sina está empenhado na campanha do Aeroporto Popular. Francisco
considera a Infraero importante para impedir o aumento das tarifas de
embarque e a consequente fuga de passageiros de menor renda.
“Isso garante uma padronização operacional nos aeroportos. Segundo,
podemos evitar um tratamento diferenciado para as classes C e D. Estamos
lançando um conceito de Aeroporto Popular, que vai na contramão do
‘aeroshopping’. Eles [iniciativa privada] estão visando muito mais a
área comercial dos aeroportos do que a atividade afim.”
A Infraero é responsável pela administração de 67 aeroportos e
terminais de carga, onde são feitos 2,6 milhões de pousos e decolagens
anualmente. A estatal é vinculada à Secretaria de Aviação Civil e possui
quase 37 mil funcionários.
De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo.
13/07/11