Quarta, 6 de julho de 2011
Da Radioagência NP
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, anunciou
a liberação de US$ 4 bilhões – aproximadamente R$ 6,2 bilhões – para a
educação. Federações de estudantes e sindicatos de professores
criticaram o comunicado. Eles consideram as propostas insuficientes para
resolver os problemas do setor no país.
Logo após a declaração, centenas de jovens protestaram próximos ao
Ministério da Educação, quando foram reprimidos pela Polícia com jatos
de água. Com o anúncio, o governo pretendia acabar com os protestos.
Os recursos divulgados irão para o Fundo de Educação, que pretende
auxiliar estudantes de acordo com o mérito e o nível socioeconômico. O
incentivo à formação de professores também está nos planos do governo.
Entidades estudantis e de professores declararam que irão analisar a
proposta, mas que não vão parar com as mobilizações pela gratuidade do
ensino. No Chile, os alunos pagam mensalidades nas universidades
públicas ou contraem dívidas em financiamento. O lucro das universidades
particulares também é criticado pelos manifestantes.
Em pesquisa divulgada na terça-feira (5), 81,9% dos chilenos apóiam
as principais demandas dos estudantes. Enquanto outra pesquisa aponta
que o nível de rejeição ao presidente é de 53%. Os protestos por
reformas no ensino chileno levaram quase 500 mil pessoas às ruas na
última semana.
De São Paulo, da Radioagência NP, Vivian Fernandes.
06/07/11