Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Essa briga vai longe

Sexta, 24 de fevereiro de 2012
Aos 26 minutos de hoje (24/2) a revista eletrônica Quid Novi postou “Os segredos do Guardião”. O deputado distrital Chico Vigilante (PT) não gostou e revidou com uma nota pública, informando que pediu providências ao secretário de Segurança do DF para apurar “a violação criminosa” do seu celular e também do aparelho do coronel Leão, chefe da Casa Militar de Agnelo.

Em sua nota, Vigilante afirmou: “sempre ouvi falar de um bando criminoso que atua na clandestinidade no Distrito Federal para atacar pessoas públicas e acabarem com suas honras.”

Mino Pedrosa, do Quid Novi, por sua vez, deu o troco. Postou às 17h20 o editorial “Em resposta a Clandestinidade”, desancando o deputado Vigilante.

Abaixo você pode ler a resposta de Mino Pedrosa e também a nota do distrital Vigilante. Uma coisa é certa, essa briga vai longe.
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Mino Pedrosa

EDITORIAL: EM RESPOSTA A CLANDESTINIDADE
24/02/201217:50
  

Em resposta a nota divulgada pela autoridade parlamentar deputado distrital Chico Vigilante em que o jornalista Mino Pedrosa é acusado de violar sigilo telefônico dos números 9983-8776 e o 9944 3199, ambos com o DDD 61, e participar de grupos criminosos  a Revista Eletrônica Quidnovi  publica o Editorial:

Com relação ao sigilo telefônico supostamente violado,  o jornalista Mino Pedrosa faz a autoridade parlamentar deputado distrital Chico Vigilante lembrar dos momentos em que fez parte do grupo de oposição às mazelas do governo Joaquim Roriz, onde ele, a autoridade parlamentar deputado distrital Chico Vigilante,  era responsável pela coleta de documentos , fiscal e bancário, estes sim sigilosos  e violados, usando a maquina sindical do Partido dos Trabalhadores (PT).  Ali foram praticados vários crimes de quebra de sigilo pela  autoridade parlamentar deputado distrital Chico Vigilante .

Naquela época, o jornalista Mino Pedrosa tinha, como sempre, o compromisso de publicar as notícias. Quanto aos documentos eram fornecidos pela fonte, hoje a autoridade parlamentar deputado distrital Chico Vigilante.

No entanto, o que foi publicado na Revista Eletrônica Quidnovi nesta quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012, trata se de informações precisas de possíveis crimes praticados por este parlamentar que agora mostra sua face tentando pregar o autoritarismo e a força policial dos quais foi vitima por muitos anos. Foram varias as noites em que Mercadante, Sigmaringa Seixas, Bisol e essa autoridade parlamentar deputado distrital Chico Vigilante compartilharam nas apurações, aplicadas com seriedade e profissionalismo pelo jornalista Mino Pedrosa. É de se estranhar o comportamento atual da autoridade parlamentar deputado distrital Chico Vigilante.

Recentemente a Revista Eletrônica Quidnovi publicou matéria sobre o comportamento covarde da autoridade parlamentar deputado distrital Chico Vigilante ao espancar uma mulher. É deputado, deve ser difícil de atirador virar presa abatida. Um ditado antigo diz: “Diga-me com quem andas, que te direi quem és.”

É preciso dignidade para reconhecer o tamanho exato de cada um no papel que exerce. O ônus da prova cabe a quem acusa. Ao procurar o secretario de Segurança Pública do Distrito Federal Sandro Avelar e pedir investigação e punição para os responsáveis pela informação publicada na Revista Quidnovi é preciso que seja colocado à disposição o sigilo telefônico. Se isso for possível, será constatada mais uma inverdade proferida pela  autoridade parlamentar deputado distrital Chico Vigilante que garantiu falar com o coronel Leão várias vezes ao dia. A informação que chegou a Revista Quidnovi é  que em 30 dias a autoridade parlamentar deputado distrital Chico Vigilante falou apenas  duas vezes e exatamente  na data de 08/11/2011, para tratar do caso Daniel Tavares, ex- funcionário do Laboratório União Química,  que acusou o governador Agnelo Queiroz de ter recebido propina quando estava à frente da Anvisa.

A informação publicada pela Revista Quidnovi foi  o diálogo entre a autoridade parlamentar deputado distrital Chico Vigilante e coronel Leão no dia 08/11/2011. Para facilitar as investigações, a autoridade parlamentar deputado distrital Chico Vigilante pode entregar o seu sigilo telefônico e o do coronel Leão para juntar aos documentos que estão no inquérito da Polícia Federal e encerrar toda esta questão. PT saudações.

Leia abaixo a nota oficial da autoridade parlamentar deputado distrital Chico Vigilante:

"Venho a público informar que acabo de falar com o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, sobre um fato que considero gravíssimo, a violação criminosa do meu telefone e do coronel Leão, chefe da Casa Militar do DF, publicado no site QuidNovi do jornalista Mino Pedrosa.

Eu exigi da Secretaria uma tomada de medida imediata para investigar quem está pro trás de tamanho descalabro, que não tem outra denominação apropriada que não seja ato criminoso. Já encaminhei ofício para tornar oficial a solicitação de abertura de inquérito para apurar os atos criminosos.

Eu falo com o coronel Leão diversas vezes por dia bem como com o chefe de gabinete do governador do DF, Cláudio Monteiro, com o próprio governador Agnelo Queiroz. Está clara a tentativa de forjar uma situação que não existe quando trazerem a público apenas uma das conversas entre as milhares que tive com o coronel com o claro intento de me envolver em uma situação de denuncismo barato.

Brasília não pode ficar refém de criminosos que violam como querem e a hora que convém o telefone de autoridades, de pessoas públicas para usarem em denúncias falsas, fantasiosas. Eu sempre ouvi falar de um bando criminoso que atua na clandestinidade no Distrito Federal para atacar pessoas públicas e acabarem com suas honras.

Brasília não pode ficar refém de um grupo de arapongas. A notícia publicada no tal site prova a existência de um grupo criminoso agindo no apagar das luzes do crime e da má fé e precisa ser investigado, desfeito e punido na forma da lei.

Deputado Chico Vigilante (PT)"