Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Promotor quer esclarecimentos sobre ausência de médicos nas emergências do DF

Quinta, 23 de fevereiro de 2012
O promotor de saúde do Ministério Público do Distrito do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Jairo Bisol, vai notificar hoje a Secretaria de Saúde, o Conselho Regional de Medicina do DF (CRM/DF) e o Sindicato dos Médicos do DF para que prestem esclarecimentos sobre o não comparecimento de médicos de diversas especialidades nas emergências dos hospitais regionais do Gama, Taguatinga, Santa Maria e Ceilândia durante os quatro dias de Carnaval, conforme mostrou a reportagem do Jornal de Brasília na edição de ontem.

“Não só vou cobrar explicações,  mas vamos exigir que esses hospitais nos apresentem as escalas de plantão desde o último sábado, para que investiguemos quantos médicos estavam escalados e quantos efetivamente compareceram. O que aconteceu é um absurdo, demonstra o descaso do governo com a saúde pública e isso não pode continuar”, afirmou o promotor.

Para Jairo Bisol, a falta de médicos nos hospitais públicos demonstra “um claro enfrentamento” entre os médicos e o governo, o que, para ele, revela “um ímpeto privatista do Governo do Distrito Federal (GDF)” em relação à saúde pública. Na avaliação do promotor, a interdição, por parte do CRM/DF, da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Samambaia, poucos dias antes do Carnaval,  “indica que há um claro embate entre a classe médica e o governo”, analisa Bisol. Leia a íntegra

Fonte: Marcelo Vieira, do Clica Brasília
Fonte: Blog do Sombra 
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Comentário do Gama Livre: Segundo a matéria do Clica Brasília, o promotor de saúde do Ministério Público do Distrito do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Jairo Bisol, declarou entender que problemas que ocorrem nas unidades de saúde do DF revelam “um ímpeto privatista do Governo do Distrito Federal (GDF)” em relação à saúde pública.

Transcrevemos abaixo texto do Programa de Governo do Distrito Federal 2011-2014, segundo proposta da chapa Agnelo/Filippelli, que pode ser encontrado na página 9 do referido programa:

A lógica do governo Arruda foi a constante transferência de renda do setor público para os amigos da iniciativa privada. Esse foi o verdadeiro significado do choque de gestão, tantas vezes anunciado pelos representes do governo. Exemplo disso, na área da saúde houve a transferência do Hospital de Santa Maria para a Real Sociedade Espanhola de Beneficência, uma organização mancomunada com os interesses privatistas do governo Arruda.”

Pois bem, agora estamos vendo o governo Agnelo/Filippelli contratar por 24 meses, pagando mais de R$6 milhões, uma rede social (isso mesmo, uma rede social). Para quê? Para “Prestação de serviços de Tecnologia da informação para fornecimento de solução de rede de comunicação corporativa, contemplando o licenciamento de uso de software, implantação, manutenção e suporte técnico da solução, bem como serviços de apoio as atividades de gerenciamento e moderação da rede social, serviços de implementação de novas funcionalidades e integração com sites e portais existentes. Prazo de Vigência: 24 (vinte e quatro) meses a contar da data da assinatura.”

Isso é, sem sombra de dúvidas, um ímpeto privatista do governo do DF na área da saúde.