Sexta, 20 de julho de 2012
O
que não é possível entender é porque a Agência Nacional da Aviação
Civil não confisca as autorizações de vôos internacionais que não estão
sendo operadas e as repassa a outras empresas interessadas.
Por Chico Sant’Anna
No imaginário social da humanidade existem várias lendas que fazem
referências a maldições. Há, por exemplo, a maldição de Montezuma,
lançada pelos astecas contra Hernán Cortez e os demais invasores
espanhóis. Todos seriam dizimados vítimas de um surto violento de
diarréia. Há ainda a maldição de Tutankamon. Grande parte dos
pesquisadores e aventureiros que violaram a tumba do mais jovem faraó da
história veio a falecer por um mal provocado por fungos até então
desconhecido. Embora seja bem mais jovem que as pirâmides egípcias e
astecas, o aeroporto internacional Juscelino Kubitschek de Brasília
poderia entrar na relação das maldições existentes no planeta.
Desde sua inauguração, o aeroporto de Brasília leva o adjetivo
internacional. Mas vôo internacional é o que ele menos abriga. Apesar de
ser o terceiro maior aeroporto do Brasil em movimento de passageiros e
esteja localizado em posição geograficamente estratégica, quer seja em
relação ao Brasil, quer seja em relação à América do Sul –permitindo
abrigar o que no jargão técnico chamam de HUB (um pólo de redistribuição
de passageiros e vôos) -, as empresas aéreas relutam em operar a partir
da Capital Federal rumo a outras nações.
Poder-se-ia até dizer que aquelas que ousaram contrariar os astros e
realizar vôos internacionais foram vítimas de uma praga rogada: a
Maldição do Aeroporto JK. Praticamente todas as companhias aéreas
quebraram ou estão mal das pernas. Ou seria mal das asas? Leia a íntegra de "A Maldição do Aeroporto JK de Brasília"