Sexta, 13 de julho
Por Ivan
de Carvalho

“Tudo que vos foi ocultado
vos será revelado”, disse Jesus a seus discípulos, referindo-se ao que chamava
de Fim dos Tempos, considerados estes como uma era ou um período, um ciclo, não
ao que tantos fazem passar como “fim do mundo”, por ignorância ou para facilitar
o descrédito.
O fim do planeta Terra evidentemente acontecerá
algum dia, mas não era disso que Jesus falava quando se referia ao Fim dos
Tempos. Falava de “uma grande tribulação” – enormes catástrofes – que
destruiria a atual civilização e seria finalizada por sua volta “com muito
poder e glória”, marco do início de construção de uma nova e muito melhor
civilização, além de marcar a ocorrência de eventos espirituais importantes.
Bem, mas esta é uma questão
que sugiro aos padres e pastores explicarem melhor e com certa frequência aos
fiéis e, pela televisão e rádio, a todos os que os ouvem. Em verdade, esta é
uma temática fundamental na mensagem de Jesus e que é quase ignorada nas
pregações.
Mas afirmei nas primeiras
linhas que iria falar de discos voadores, os UFOs, na sigla em inglês, e foi
por isto que tomei emprestada da Bíblia a promessa-aviso de Jesus de que “tudo
que vos foi ocultado vos será revelado”.
Pois
bem, segundo publicou ontem o portal UOL, um ex-agente da Agência Central de
Inteligência dos Estados Unidos (CIA), Chase Brandon, confirmou, 65 anos após o
incidente de Roswell, que ali foi realmente capturado um UFO, uma nave com
tripulante ou tripulantes (o texto do portal de Internet não esclarece bem, mas
a versão consolidada do caso é de que havia tripulantes, um dos quais estaria
vivo). A nave caíra, a base aérea próxima da cidade de Roswell, no Novo México,
anunciara a queda de um flying saucer
(prato ou pires voador, o correspondente americano do popular brasileiro
disco-voador).
O comunicado oficial da base aérea foi publicado
em manchete no dia seguinte, mas nesse dia mesmo o tenente responsável pelas
relações públicas da base – que, na véspera, autorizado pelo comando da unidade
militar, havia emitido a nota oficial – recebeu ordem de desmentir tudo e
afirmar que tratava-se de um balão meteorológico. A ordem viera do Pentágono
para o comando da base. Já aposentado e velho, esse tenente não quis morrer com
o polêmico segredo e escreveu um livro (adaptado depois para filme) contando
tudo o que sabia.
Ele não tivera contato direto com a nave ou
tripulantes mortos ou vivos, mas recolhera um pouco do material amplamente
espalhado numa fazenda. Não existia nada igual na terra, assegurou, com base
nas características que o material apresentava e ele expôs no livro. Não tinha
a prova, pois houve ordem para que o material fosse entregue à base por
qualquer que o houvesse eventualmente recolhido – e, como militar obediente, o
então tenente entregou a parte que pegara e mostrara em casa ao filho.
O incidente de Roswell, um dos mais famosos –
talvez o mais – da ufologia aconteceu em 8 de julho de 1947. Agora, diz o
ex-agente da CIA Chase Brandon: “Não era a droga de um balão meteorológico. Era
sim o que as pessoas achavam que era quando encontraram aquilo. Aquele objeto
claramente não era deste planeta”. Nos seus últimos dez anos de serviço na CIA,
Brandon tornou-se diretor de publicações, trabalhando na sede da agência, em
Langley, Virgínia. O local em que trabalhava era secreto, poucos tinham acesso.
Um dia, caminhando no local, uma caixa lhe chamou a atenção. Nela havia escrita
uma só palavra – Roswell. Ele abriu a caixa deu uma olhada e disse, segundo
conta: “Meu Deus, aquilo realmente aconteceu”.
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Este artigo foi publicado originalmente na Tribuna da Bahia desta sexta.
Ivan de Carvalho é jornalista baiano.