Domingo, 1 de julho de 2012
De Rumos do Brasil
Por Beto Almeida
“Nós somos os cantores do rádio
Nossas canções cruzando o espaço azul
Vão reunindo, num grande abraço
Corações de norte a sul…”
Braguinha
O líder do PT na Câmara Federal, deputado Jilmar Tato tomou uma
atitude corajosa de bloquear a votação do projeto que flexibiliza o
horário de transmissão da Voz do Brasil, Cavalo de Tróia que traz
consigo o sonho neoliberal de extinguir o programa o proporcionar uma
hora a mais de rádio-baixaria, alienante e de um jornalismo precário,
comandado pela ditadura do mercado.
Os argumentos do líder petista são corretos: o objetivo e acabar com
o programa. Tentaram por via judicial, mas não tiveram êxito. Milhões
de brasileiros o escutam assiduamente, para a grande maioria dos
municípios brasileiros, sem a presença de jornalismo, nem impresso nem
de rádio ou TV local, é a Voz do Brasil a única oportunidade de ter
acesso a informações relevantes que decidem na vida do cidadão. Ou seja,
as decisões do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. Tato tem
razão, sobretudo se considerarmos que o rádio comercial não oferece
pluralidade informativa alguma, submetido que está aos poderes e
interesses econômicos , além de sonegar ou deformar, não informa sobre
os atos dos poderes públicos, já que parte de um fanatismo editorial
anti-estado.
O grande empresariado de mídia, maior interessado no suculento
horário a ser vendido, lança inúmeros preconceitos contra o programa
radiofônico, hoje o mais antigo do mundo em veiculação. Entre eles o de
tentar criticar, injustamente, criticar sua inutilidade. Certamente não
escutam a veiculação já que a Voz do Brasil presta inúmeras informações
importantes à sociedade brasileira, em sua maioria sem qualquer acesso à
leitura de jornais que, como sabemos, registram credibilidade e
circulação decadentes. Alguns exemplos: informações sobre o Fundeb,
fazendo com que a população de cada município saiba que os recursos já
estão em mãos do prefeito, possibilitando a cobrança cidadã de sua
aplicação.