Sexta, 7 de setembro de 2012
"A proposta visa recuperar os
princípios da impessoalidade e da moralidade pública no STF"
Tramita desde 29 de agosto, a PEC nº 44 de autoria do senador Cristovam Buarque que altera o art. 101 da Constituição Federal para modificar o processo de escolha dos ministros do Supremo Tribunal Federal, por meio do envolvimento do Conselho Superior do Ministério Público Federal, do Conselho Nacional de Justiça, da Câmara dos Deputados, da Ordem dos Advogados do Brasil, da Presidência da República e do Senado Federal.
Atualmente, os ministros do Supremo Tribunal Federal são
nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela
maioria absoluta do Senado Federal.
De acordo com a PEC do senador, os ministros do STF
passariam a ser escolhidos por dois terços dos membros do Senado, a
partir de uma lista sêxtupla formada por dois indicados pelo Ministério
Público Federal, por meio do Conselho Superior do Ministério Público
Federal – CSMPF; dois indicados pelo Conselho Nacional de Justiça – CNJ;
um indicado pela Câmara dos Deputados, por decisão do Plenário da Casa,
por maioria absoluta; e um indicado pela Ordem dos Advogados do Brasil,
por meio do Conselho Federal.
A proposta do senador proíbe a indicação de quem tenha, nos
quatro anos anteriores, ocupado mandato eletivo no Congresso Nacional ou
cargos de Procurador-Geral da República, Advogado-Geral da União ou
Ministro de Estado.
Depois de recebidas as indicações, o Presidente da República
formará lista tríplice, enviando-a ao Senado Federal. A lista do
presidente será submetida à Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania do Senado Federal, que procederá à arguição pública de cada
indicado, formalizando a escolha do nome a ser submetido ao Plenário do
Senado.
Ainda de acordo com a proposta, o Plenário do Senado, por
maioria qualificada, aprovará a escolha. Em caso de não aprovação, o
segundo nome será submetido ao plenário; se não aprovado, o terceiro
nome será submetido; se não aprovado, a vaga fica em aberto, e o
processo recomeça com novos nomes.
Se a escolha for aprovada, o nome será enviado ao Presidente da República para nomeação, com prazo de 30 dias para o novo ministro tomar posse.
Se a escolha for aprovada, o nome será enviado ao Presidente da República para nomeação, com prazo de 30 dias para o novo ministro tomar posse.
Para o senador Cristovam Buarque, a PEC busca eliminar a
contaminação política, e conferir maior qualificação e equilíbrio às
designações de juízes da Suprema Corte. "A proposta visa recuperar os
princípios da impessoalidade e da moralidade pública no STF", disse o
senador.
Fonte: Assessoria de Comunicação do senador Cristovam Buarque