Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

PDT: "Carta de Brasília"

Quinta, 6 de setembro de 2012
Que o PDT —Partido Democrático Trabalhista— perdeu o rumo depois da morte de Brizola em 2004 é coisa que todo mundo sabe. As bandeiras históricas, dentre as quais as do nacionalismo e a da intransigente defesa dos trabalhadores, foram recolhidas. De partido altivo, passou a ser caudatário do PT e de grupos com posições contrárias às que sempre defendeu e lutou Leonel Brizola. Por fim, o partido se viu humilhado por conta das atrapalhadas e malfeitos de Carlos Lupi quando ministro do Trabalho e Emprego da presidente Dilma.

Mas há de se reconhecer que ainda tem gente séria ideologicamente, como também bem-intencionada, no partido que um dia foi o partido de Brizola. Pedetistas históricos tentam resgatar o partido e criaram o Movimento Nacional de Resistência Leonel Brizola, o MNRLB. Leia a seguir documento do Movimento.

CARTA DE BRASÍLIA

O Movimento Nacional de Resistência Leonel Brizola (MNRLB) se reuniu nesta manhã, na liderança do partido no Congresso, em Brasília, com a participação de companheiros de vários estados, para formalizar e organizar a luta política contrária à atual direção nacional do PDT que, com suas práticas antidemocráticas, tem se distanciado dos princípios e ideais tão caros ao nosso partido durante a sua trajetória na luta pela Democracia, Liberdade e Justiça Social.

Foram realizadas oportunas e frutíferas visitas a deputados federais e senadores para que compreendam a degradante situação de nosso partido, constatada por vários descaminhos nos estados, resultantes de decisões arbitrárias e práticas não condizentes com a legalidade, a exemplo do que aconteceu no Rio de Janeiro com a fraude nas atas de uma convenção convocada às pressas.

O momento político partidário urge a tomada de uma posição política corajosa e de grande valor cívico de todos aqueles que estão indignados com a atual desfiguração do PDT.

Não podemos deixar que os legados de Vargas, Jango, Brizola, Pasqualini, Prestes, Darcy, Doutel, Jackson, Neiva, Lysâneas, Abdias, Julião, Brandão, Bina Assunção, Boiteux e tantos outros sejam esquecidos pelo nosso próprio partido.

Vamos reagir a esta situação reunindo a todos no propósito de democratizar o partido que, indubitavelmente, passa pela necessária renovação de alguns de seus dirigentes nacionais e reformulação de nosso Estatuto.

Brasília, 29 de agosto de 2012.

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