Segunda, 17 de março de 2014
A criação de novas quadras no Setor Sudoeste e na Asa Norte são alguns dos temas mais polêmicos
Kelly Almeida Renata Rusky | |
Correio Braziliense |
Na
tentativa de reverter a aprovação do Plano de Preservação do Conjunto
Urbanístico de Brasília (PPCub), entidades da sociedade civil planejam
uma grande mobilização contra a proposta. Hoje, representantes do
Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-DF) e da Universidade de Brasília
(UnB) vão entregar ao Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do
Distrito Federal (Conplan) os votos contrários ao texto. Líderes
comunitários também questionam a rapidez com que a proposta foi
aprovada. Alegam que faltou diálogo com a sociedade.
O presidente
do IAB-DF, Thiago de Andrade, explica que o instituto e a UnB querem
deixar registrada a posição sobre a aprovação do plano, na última
sexta-feira. “Vamos marcar a nossa indignação. Temos o direito de
apresentar o voto por escrito e é isso que vamos fazer. A Sedhab
(Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação) abriu mão do seu
papel, que seria de apresentar um projeto finalizado, e delegou aos
conselheiros uma função que seria de responsabilidade técnica. O texto
não foi apresentado de forma concisa”, reclama.
Na
próxima quarta-feira, as planilhas serão votadas e, depois disso, o
texto pode seguir para apreciação dos deputados distritais. Integrante
do Movimento dos Urbanistas Por Brasília, Cristiano Nascimento diz que a
maior preocupação é que o plano seja aprovado pela Casa da forma como
está. “Não está tudo concluído, principalmente as planilhas, que
detalham todas as regras para uso do solo na área tombada. Colocar para
votação no Conplan foi uma falta de respeito e de conhecimento, uma
forma de cancelar todo o trabalho que foi feito por muito tempo. Desde
janeiro, há uma pressão para que o plano seja aprovado. Entendemos que
isso foi uma forma de encerrar”, diz.