Segunda, 10 de março de 2014
sábado, 8 de março de 2014
8 de março, Dia Internacional da Mulher.
Ganhamos doodle do Google, muitos posts fofinhos no twitter e facebook, flores, chocolates, parabéns reais e virtuais. Afinal, hoje é o nosso dia!!!!
Mas... e os outros 364?
Temos que trabalhar e nossos salários são mais baixos do que os dos homens.
Temos uma natural capacidade de organização e liderança (afinal, quem põe ordem em tudo, quem sempre dá um jeito em tudo?) mas não somos muitas em cargos de chefia.
Temos que matar um leão por dia.
E também temos que temperar e preparar o leão, arrumar a mesa, combinar os vinhos e estar impecavelmente lindas às 20hs para receber os convidados para o jantar.
Somos espancadas, desvalorizadas, traídas, subestimadas, vítimas da violência doméstica. Sofremos abusos moral, psicológico e sexual.
Somos as únicas responsáveis pelo serviço doméstico e pela criação dos filhos (podem reparar nas ruas: meninos e meninas, no colo ou andando, indo ou voltando da escola - sempre puxados pelas mãos de uma mulher...)
Não somos donas dos nossos corpos. Temos que ser sempre magras, jovens, de cabelos e sorriso perfeitos.
Não podemos usar os trajes que queremos, nem mostrar os cabelos nas ruas.
Temos que anular o coração e os sentimentos para nos casar com um homem desconhecido, muitas vezes bem mais velho, por imposição da família. E somos julgadas pela sociedade se o objeto do nosso amor for outra mulher.
Em alguns lugares não podemos nem dirigir automóveis.
"Atrás de um grande homem, sempre há uma grande mulher". Reparem no machismo oculto: ATRÁS???
É certo que uma pequena parcela de nós consegue, a duras penas, enfrentar preconceitos. Ou, pelo menos, superar algumas dessas barreiras. Sou privilegiada por estar no último grupo.
Tenho uma profissão em que minhas responsabilidades e salário são idênticos aos dos homens. Ocupo um cargo pelo qual tive que batalhar muito, em condições idênticas às deles. Já estive, mais de uma vez, em cargos de comando e chefia. Com muito orgulho, ocupei a primeira cadeira de Conselheira do Conselho Nacional do Ministério Público indicada pelo Ministério Público Federal. Para isso, fui eleita por meus pares, concorrendo contra 3 homens. Trabalho num ambiente majoritariamente masculino, mas meu papo é de igual para igual.
Cresci com um exemplo maravilhoso de mulher guerreira, trabalhadora e independente e que é meu paradigma: minha mãe.
Agora vocês devem estar se perguntando qual a razão desse título, então, afirmando que uma mulher é igual a uma vaca (termo que pode ter conotação pejorativa).
Ganhamos doodle do Google, muitos posts fofinhos no twitter e facebook, flores, chocolates, parabéns reais e virtuais. Afinal, hoje é o nosso dia!!!!
Mas... e os outros 364?
Temos que trabalhar e nossos salários são mais baixos do que os dos homens.
Temos uma natural capacidade de organização e liderança (afinal, quem põe ordem em tudo, quem sempre dá um jeito em tudo?) mas não somos muitas em cargos de chefia.
Temos que matar um leão por dia.
E também temos que temperar e preparar o leão, arrumar a mesa, combinar os vinhos e estar impecavelmente lindas às 20hs para receber os convidados para o jantar.
Somos espancadas, desvalorizadas, traídas, subestimadas, vítimas da violência doméstica. Sofremos abusos moral, psicológico e sexual.
Somos as únicas responsáveis pelo serviço doméstico e pela criação dos filhos (podem reparar nas ruas: meninos e meninas, no colo ou andando, indo ou voltando da escola - sempre puxados pelas mãos de uma mulher...)
Não somos donas dos nossos corpos. Temos que ser sempre magras, jovens, de cabelos e sorriso perfeitos.
Não podemos usar os trajes que queremos, nem mostrar os cabelos nas ruas.
Temos que anular o coração e os sentimentos para nos casar com um homem desconhecido, muitas vezes bem mais velho, por imposição da família. E somos julgadas pela sociedade se o objeto do nosso amor for outra mulher.
Em alguns lugares não podemos nem dirigir automóveis.
"Atrás de um grande homem, sempre há uma grande mulher". Reparem no machismo oculto: ATRÁS???
É certo que uma pequena parcela de nós consegue, a duras penas, enfrentar preconceitos. Ou, pelo menos, superar algumas dessas barreiras. Sou privilegiada por estar no último grupo.
Tenho uma profissão em que minhas responsabilidades e salário são idênticos aos dos homens. Ocupo um cargo pelo qual tive que batalhar muito, em condições idênticas às deles. Já estive, mais de uma vez, em cargos de comando e chefia. Com muito orgulho, ocupei a primeira cadeira de Conselheira do Conselho Nacional do Ministério Público indicada pelo Ministério Público Federal. Para isso, fui eleita por meus pares, concorrendo contra 3 homens. Trabalho num ambiente majoritariamente masculino, mas meu papo é de igual para igual.
Cresci com um exemplo maravilhoso de mulher guerreira, trabalhadora e independente e que é meu paradigma: minha mãe.
Agora vocês devem estar se perguntando qual a razão desse título, então, afirmando que uma mulher é igual a uma vaca (termo que pode ter conotação pejorativa).
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Foto: www.pakistanwomen.org |
Uma menina de 12 anos, na verdade uma criança forçada precocemente a ser
mulher, com o consentimento dos pais, mantinha há seis meses um
relacionamento com um homem de 55 anos. Os pais a entregaram ao homem e
em troca foram presenteados com uma vaca. Isso mesmo. Uma mulher vale
uma vaca. Estamos em 2014, no Brasil, em Aracaju, Estado de Sergipe.
Feliz Dia da Mulher.
Feliz Dia da Mulher.