Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Dilma: Choque elétrico

Quarta, 11 de fevereiro de 2015
Do artigo desta quarta (11/2) de Helio Fernandes na Tribuna da Imprensa:
Arrogante, pretensiosa, sem o mínimo de autocrítica, Dona Dilma recebeu um choque elétrico com a pesquisa da Datafolha. Desceu mais fundo do que o reservatório da Cantareira, não percebeu mas já estava utilizando política, econômica, partidária, administrativa e pessoalmente o volume morto. Agora não sabe o que fazer, se reúne com os áulicos do Planalto, tenta uma salvação.
A pesquisa é terrível, podia ser ainda pior, por dois motivos. 1 – Se a pesquisa tivesse sido feita um “pouquinho” depois. 2  - Se a análise, dos chamados “especialistas independentes” fosse mais profunda, não se resumisse à superficialidade.
Basta colocar os números da pesquisa, deixar que eles percorram o trajeto do assombro e do pânico. Esses analistas geralmente ligados ao Planalto, de longe ou de perto, ficaram satisfeitos com um dado da pesquisa, não examinaram os outros. Único dado, arrasador, sem duvida, mas o mínimo se comparado com a pesquisa inteira, destruidora.
Esse item da “pesquisa”. A administração Dilma, caiu 19 por cento. O “bom ou ótimo” do seu governo, passou de 43 para 24 por cento. Portanto teria caído 19 por cento. È assustador para uma pesquisa feita 37 dias depois de posse no segundo mandato, Mas é muito com o exame do todo. Vamos apenas enfileira-los ou encurrala-los.
Bom ou ótimo, queda de 19 por cento.
Ruim ou péssimo subiram de 23 para 44. Menos 21.
47 por cento dizem que Dilma é “desonesta”, 54 que é “falsa”, 51 “indecisa”. E ainda faltou examinarem o golpe de morte: “77 por cento, com raiva, avaliaram que ela mentiu durante a campanha”.
Essas conclusões da pesquisa foram iguais em todas as regiões geográficas, nos segmentos da população, ricos, classe média alta, média baixa, e sem exceção os mais pobres.
Este final “doeu” mais em Dona Dilma, porque ela não parava de retumbar duas coisas. 1 – “Fui reeleita pelo povo com ampla margem”. 3 milhões de votos, longe da ampla margem.
2 – “Estou acima das criticas, posso fazer o que quiser, não disputarei mais eleição”. Os números do Datafolha, destruíram suas ilusões.