Sexta, 6 de maio de 2016
André Richter - Repórter da Agência Brasil
Fernando Pimentel. Foto EBC
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou hoje (6) o
governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, ao Superior Tribunal de
Justiça (STJ) pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na
Operação Acrônimo, da Polícia Federal (PF). O empresário Benedito
Oliveira Neto - conhecido como Bené , também é citado na denúncia.
De
acordo com a PF, há indícios de que o governador, quando foi ministro
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, entre 2011 e 2014,
intercedeu para favorecer a montadora Caoa. Em 2012, foi lançado pelo
ministério o Programa Inovar Auto, que concedia incentivos fiscais a
indústrias do setor automotivo.
Para garantir sua manutenção no
programa, a Caoa teria pago R$ 2,1 milhões. Segundo a Polícia Federal, o
valor foi repassado a duas empresas de Bené e dono da Gráfica Brasil -
que não prestaram serviços à montadora e foram usadas apenas para emitir
notas fiscais frias e receber as verbas. Bené atuou na campanha de
Pimentel ao governo de Minas em 2014.
Representante do governador
Fernando Pimentel, o advogado Eugênio Pacelli informou que não vai se
pronunciar porque ainda não tomou conhecimento sobre o teor da denúncia.