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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Omissão do governo para nomeação de concursados na Saúde é questionada pelo TCDF

Quinta, 26 de julho de 2018
Tribunal deu prazo de 60 dias para governo se explicar em relação ao déficit de profissionais farmacêuticos e ausência de convocação de aprovados

Por SindSaúde DF

A omissão do Governo do DF em relação às nomeações de aprovados em concursos na Saúde (Cargo de Especialista em Saúde, Especialidade de Farmacêutico), e a possível terceirização irregular de atividades na área dos profissionais farmacêuticos, ocorrida no Hospital Regional de Santa Maria, são questionamentos do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF).

A situação sempre foi cobrada pelo SindSaúde por conta da falta de profissionais nas unidades da rede pública e também por existência de contratos suspeitos, muitas vezes denunciados pelo sindicato.

O curioso é que no episódio da remoção compulsória dos servidores do Instituto Hospital de Base, muitos farmacêuticos foram lotados no administrativo da SES. Por que isso ocorre se a rede está com déficit há tanto tempo? Qual interesse do governo em tirar especialistas do atendimento aos usuários? O SindSaúde já aponta uma resposta: mais e mais terceirizações.

Na decisão do processo, o TCDF determinou, por unanimidade,  que a Secretaria de Saúde e a Secretaria de Planejamento apresentem, em até 60 dias,  informações sobre o quantitativo de servidores que ocupam cargos da “Carreira de Assistência Pública à Saúde”, assim como a quantidade prevista de servidores nessas áreas. De acordo com a Secretaria de Planejamento, são incluídos nessa categoria profissional os seguintes trabalhadores: especialistas, auxiliares e técnicos de saúde.

A decisão da corte corrobora novamente a falta de planejamento e transparência do governo do Distrito Federal. Procurada pelo SindSaúde, a Secretaria de Saúde não se manifestou sobre o caso.

A decisão foi proferida em 17 de julho de 2018, e o processo data de 2012, mas somente foi publicada no Diário Oficial do DF desta quinta-feira (26).

“Os questionamentos são diários. Todos sem respostas. Acredito que, além dos servidores e população, até a Justiça conta os minutos que faltam para o fim desse governo. É muita irregularidade para investigar. É muito “jeitinho” aplicado por essa gestão. Cobramos diariamente. Os órgãos de controle e Judiciário têm feito questionamentos constantes a respeito da má gestão e má utilização dos recursos públicos, mas esse governo sequer cumpre leis, ignora as determinações e continua sua jornada de terceirização da Saúde Pública. É lamentável. Quem paga por isso é o servidor e a população. Infelizmente”, afirma Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde.