Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 21 de julho de 2018

Celso Brant, o grande brasileiro que criou o Partido da Mobilização Nacional, deve estar se revirando na sepultura; Sua criatura degenerou-se; PMN decide não ter candidato à Presidência nem fazer alianças

Sábado, 21 de julho de 2018
Convenção é marcada por tumulto em Brasília

Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil  Brasília
O Partido da Mobilização Nacional (PMN) decidiu em convenção hoje (21), em Brasília, não lançar candidatura própria à presidência da República nem apoiar candidato ao cargo no primeiro turno.

O encontro ocorreu em meio a uma disputa judicial entre a legenda e a jornalista mineira Valéria Monteiro, pré-candidata à Presidência da República. Segundo o presidente da sigla, Antonio Massarolo, os problemas entre Valéria e o PMN se agravaram quando o nome dela não atingiu 3% de intenções de voto nas pesquisas eleitorais. Segundo ele, esse era o pré-requisito para que ela fosse confirmada como candidata à chefe do Executivo, mas como a meta não foi alcançada o apoio foi retirado.

Em março, já sem apoio da Executiva Nacional do PMN, a ex-apresentadora do Fantástico e do Jornal Nacional, insistiu na pré-candidatura e fez uma carta ao partido na qual abriu mão das verbas dos fundos partidário e eleitoral.

Liminar
Brasília - A pré-candidata à Presidência da República do PMN, Jornalista Valeria Monteiro durante convenção do PMN - Valter Campanato/Agência Brasil

Para garantir que a jornalista não fosse candidata, o partido publicou uma resolução vetando candidatura presidencial própria.

Valéria conseguiu revogar a decisão por meio de liminar do ministro Napoleão Nunes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nela, o ministro determinou que a legenda colocasse em pauta durante convenção nacional se teria ou não um nome na corrida presidencial.

Como não era delegada com direito a voto, Valéria foi impedida de discursar na convenção e defender sua candidatura, mesmo pedindo aos gritos a palavra.

Ameaçada de ser retirada do auditório à força pelo presidente do PMN, ela chegou a ser empurrada e segurada por uma mulher que fazia parte da equipe de segurança privada do evento. Em seguida, deixou o local espontaneamente, garantindo que tentará anular a convenção do PMN na Justiça.

Expulsão

Marivaldo Neves é retirado à força da convenção do PMN pelos seguranças - Valter Campanato/Agência Brasil

A confusão envolvendo Valéria Monteiro não foi a única na convenção do PMN. Também impedido de se colocar como candidato ao Senado pela Bahia, Marivaldo Neves foi expulso por seguranças do auditório, após fazer críticas ao presidente do partido. De acordo com o presidente da legenda, a pré-candidatura de Neves não foi aceita porque ele não tem “vida partidária”.
=============
Saiba mais:
A imagem da capa e mais três páginas do livro 'A Mobilização Nacional', 1982.



Quem foi Celso Brant, fundador do Partido da Mobilização Nacional. É este brasileiro que se contorce, mais uma vez, na sepultura.