Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 25 de março de 2021

BOLSONARO, UM POÇO DE VIRTUDES

Quinta, 25 de março de 2021


Aldemario Araujo Castro

Professor
Advogado
Mestre em Direito
Procurador da Fazenda Nacion
al

Brasília, 25 de março de 2021


Convivemos, nos últimos meses, com uma escalada de críticas ao Presidente Jair Messias Bolsonaro. São vistos, ouvidos e lidos uma série de ataques infundados dirigidos ao mito, nosso comandante em chefe. Afinal, nas palavras do líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros, vivenciamos uma “situação confortável”.

Bolsonaro como artista de primeira linha. No dia 18 de março de 2021, o Presidente Jair afirmou: “O apelo que eu faço a quem é contra, sem problemas. Se você começar a sentir um negócio esquisito lá, você segue a receita do ministro Mandetta. Você vai para casa, e quando você estiver lá… (sons de pessoa sufocando) com falta de ar, aí você vai para o hospital”. A performance artística foi um daqueles raros momentos de representação primorosa. Kikito e Oscar não estão à altura para premiar a aula que foi dada.

Bolsonaro competente e eficiente. Admirado nos quatro cantos do globo, o Presidente Bolsonaro demonstrou como é um gestor competente e eficiente ao comandar a fabricação e distribuição de comprimidos de cloroquina. Segundo a imprensa, “Documentos mostram que Saúde usou Fiocruz para produzir 4 milhões de comprimidos de cloroquina” (folha.uol.com.br) e “Governo distribuiu 90% do estoque da cloroquina feita pelo Exército/Laboratório militar produziu 3,229 milhões de remédios, enviados aos 26 Estados e ao DF e a hospitais das Forças Armadas” (noticias.r7.com). E o efetivo uso do medicamento? Isso aí deve ser perguntado aos governadores e prefeitos.

Bolsonaro implacável no combate à corrupção. “OCDE adota medida inédita contra o Brasil após sinais de retrocesso no combate à corrupção no país” (https://www.bbc.com/portuguese/brasil-56406033). Com certeza, houve um equívoco na confecção da ata da reunião que tomou a decisão pela criação de um grupo permanente de monitoramento sobre a matéria no Brasil. Afinal, o Messias é o dirigente, no cenário internacional, mais enérgico no combate aos malfeitos na esfera pública, inclusive aqueles protagonizados pelos filhos (01, 02, 03, 04, 05, etc) e por milicianos.

Bolsonaro e o elevado apreço pela ciência. No dia 22 de janeiro de 2021, o mito afirmou que “não há nada comprovado cientificamente sobre essa vacina aí”. A vacina em questão era a Coronavac. A “vachina” como foi identificada em outra ocasião.

Bolsonaro e seu prestígio internacional. O estadista Messias Bolsonaro foi o tema de inúmeras matérias e editoriais dos principais e mais tradicionais jornais no plano internacional. Figuram entre eles: a) Financial Times; b) Washington Post; c) New York Times; d) The Guardian; e) Le Monde; f) La Jornada; g) The Economist; h) Der Spiegel e i) El País.

Bolsonaro, o paladino da vacina. “Quero tranquilizar o povo brasileiro e afirmar que as vacinas estão garantidas”, foi a frase proferida, no dia 23 de março de 2021, pelo inoxidável Chefe de Governo. “A da China nós não compraremos, é decisão minha. Eu não acredito que ela transmita segurança suficiente para a população. A China, lamentavelmente, já existe um descrédito muito grande por parte da população, até porque, como muitos dizem, esse vírus teria nascido por lá” (dia 21 de outubro de 2020). “Ninguém vai tomar a sua vacina na marra não, tá ok? Procura outro. E eu, que sou governo, o dinheiro não é meu, é do povo, não vai comprar a vacina também não, tá ok? Procura outro para pagar a tua vacina aí” (dia 29 de outubro de 2020, dirigindo-se ao Governador de São Paulo). “A pandemia realmente está chegando ao fim, os números têm mostrado isso, estamos com pequena ascensão agora, chama-se pequeno repique, que pode acontecer, mas a pressa da vacina não se justifica porque você mexe com a vida das pessoas” (dia 17 de dezembro de 2020). “Se você virar um chi... virar um jacaré, é problema de você, pô. Não vou falar outro bicho, porque vão pensar que eu vou falar besteira aqui, né? Se você virar super homem, se nascer barba em alguma mulher aí ou algum homem começar a falar fino, eles não têm nada a ver com isso. Ou, o que é pior, mexer no sistema imunológico das pessoas” (dia 18 de dezembro de 2020).

Bolsonaro, um dos mais envolventes motivadores e incentivadores. “Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando?”, frase dita no dia 4 de março de 2021.

Bolsonaro como pacifista. "Assistimos há pouco aí um grande candidato a chefia de Estado dizer que, se eu não apagar o fogo da Amazônia, ele levanta barreiras comerciais contra o Brasil. E como é que podemos fazer frente a tudo isso? Apenas a diplomacia não dá, não é, Ernesto? Quando acaba a saliva, tem que ter pólvora, senão, não funciona. Não precisa nem usar pólvora, mas tem que saber que tem. Esse é o mundo. Ninguém tem o que nós temos." (dia 10 de novembro de 2020). "Pessoal, temos que buscar mudanças, não teremos outra oportunidade. Vem a turminha falar 'queremos um centro', nem ódio pra lá nem ódio pra cá. Ódio é coisa de marica, pô. Meu tempo de bullying na escola era porrada" (dia 10 de novembro de 2020).

Bolsonaro e sua gentileza impecável. “Tem idiota que a gente vê nas redes sociais, na imprensa, [dizendo] 'vai comprar vacina'. Só se for na casa da tua mãe. Não tem [vacina] para vender no mundo” (dia 4 de março de 2021).

Bolsonaro como sociólogo insuperável. “Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas. Olha que prato cheio para a imprensa. Prato cheio para a urubuzada que está ali atrás. Temos que enfrentar de peito aberto, lutar. Que geração é essa nossa?” (dia 10 de novembro de 2020).

Bolsonaro e sua incrível empatia e sensibilidade. No dia 28 de abril de 2020, o indefectível líder afirmou, diante de pergunta ressaltando o número de mortos pela covid-19 no Brasil: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”.

Bolsonaro e a profunda compreensão, justa e humana, acerca dos problemas de segurança pública. “[O policial] entra, resolve o problema e, se matar 10, 15 ou 20, com 10 ou 30 tiros cada um, ele tem que ser condecorado, e não processado”. Essa reflexão, uma pérola na história do estudo da segurança pública, foi externada em 2018.

Bolsonaro como um jurista de escol. No dia 11 de março de 2021, o notável Chefe de Estado mostrou seus infinitos dotes de jurista. Afirmou, com propriedade ímpar: “Até quando nós vamos resistir a isso daí? Aqui no DF toma-se medida por decreto de estado de sítio. De 22h às 5h da manhã ninguém pode andar. Só eu poderia tomar medida dessa e, assim mesmo, ouvindo o Congresso Nacional”.

Bolsonaro como um profundo e arguto analista da realidade. Ele, no dia 5 de janeiro de 2021, identificou com precisão cirúrgica um dos grandes responsáveis pelas mazelas do Brasil. Disse que o novo coronavírus foi “potencializado pela mídia que nós temos, pela mídia sem caráter que nós temos”. Em outras ocasiões, foram arrolados nessa categoria: a) os governadores; b) os prefeitos; c) a esquerda (no singular, como uma massa uniforme de malfeitores) e d) os opositores comunistas (como Moro, Mandeta, Dória, Fernando Henrique Cardoso, entre outros).


Bolsonaro e seu lado médico-cientista. “É impressionante, eu converso com muita gente idosa, né… ‘Estou tomando regularmente ivermectina, e eu e minha família, ninguém se contaminou’. Então, parece que ivermectina é preventiva e quando você contrai, ela serve para curar a doença também” (dia 19 de março de 2021). “Tem que se evitar o entubamento da pessoa. E como se evita? Numa primeira fase, é a tal da hidroxicloroquina, invermictina, annita, vitamina D, entre outras coisas. Quando o médico fala que não, você tem o direito de procurar outro. E ponto final” (dia 10 de dezembro de 2020).

Bolsonaro e a mais avançada visão acerca da laicidade do Estado. Em 2017, o presidente mais espiritualizado do Brasil afirmou: “Somos um país cristão. Não existe essa historinha de Estado laico, não. O Estado é cristão. Vamos fazer o Brasil para as maiorias. As minorias têm que se curvar às maiorias. As minorias se adequam ou simplesmente desaparecem”. Trata-se, sem dúvida, da visão mais avançada e apropriada para o conceito de Estado laico.

Bolsonaro como um incansável combatente contra todos os tipos de discriminação. Essas falas afastam qualquer dúvida acerca da presença de preconceitos ou intolerâncias no pensamento do Mestre: “Eu jamais ia estuprar você [deputada Maria do Rosário] porque você não merece” (2003 e 2014). “Por isso o cara paga menos para a mulher (porque ela engravida)” (2014). “Foram quatro homens. A quinta eu dei uma fraquejada, e veio uma mulher” (2017). “Para mim é a morte. Digo mais: prefiro que morra [um filho] num acidente do que apareça com um bigodudo por aí. Para mim ele vai ter morrido mesmo” (2011). “O filho começa a ficar assim meio gayzinho, leva um couro, ele muda o comportamento dele. Tá certo?” (2010). “90% desses meninos adotados [por um casal gay] vão ser homossexuais e vão ser garotos de programa com toda certeza” (2012). “Não existe homofobia no Brasil. A maioria dos que morrem, 90% dos homossexuais que morrem, morre em locais de consumo de drogas, em local de prostituição, ou executado pelo próprio parceiro” (2013). “O cara vem pedir dinheiro para mim para ajudar os aidéticos. A maioria é por compartilhamento de seringa ou homossexualismo. Não vou ajudar porra nenhuma! Vou ajudar o garoto que é decente” (2011). “Ele [um índio] devia ir comer um capim ali fora para manter as suas origens” (2008). “Fui num quilombola [sic] em Eldorado Paulista. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada! Acho que nem para procriadores servem mais” (2017). “Isso não pode continuar existindo. Tudo é coitadismo. Coitado do negro, coitado da mulher, coitado do gay, coitado do nordestino, coitado do piauiense. Vamos acabar com isso” (2018). “A escória do mundo [imigrantes] está chegando ao Brasil como se nós não tivéssemos problema demais para resolver” (2015).

Bolsonaro humilde (reconhece suas limitações). No dia 5 de janeiro de 2021, o Capitão deixou claro que o Brasil está “quebrado” e que “não consegue fazer nada”. Nada de superioridade. Nada parecido com um salvador da Pátria. Nada próximo a alguém que se acha o remédio para todos os males.

Bolsonaro como a voz do povo, o intérprete mais que autorizado do sentimento popular. Em 2016, o farol que nos ilumina asseverou: “O erro da ditadura foi torturar e não matar”. Num momento anterior, em 1999, ficou claro que vocalizava o pensamento do povo: “Ele merecia isso: pau-de-arara. Funciona. Eu sou favorável à tortura. Tu sabe disso. E o povo é favorável a isso também”.

A liderança de Jair Bolsonaro é um privilégio. Nenhum outro país na face da Terra conta com um líder inteligente, culto, equilibrado, conciliador, agregador, polido, sensível, competente, amante da democracia e dos direitos humanos e tantos outras virtudes. Dezenas de páginas seriam consumidas somente na listagem dessas características virtuosas festejadas por aliados e invejadas por opositores.