Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 30 de março de 2021

Os ministros brasilienses

Terça, 30 de março de 2021

Do Blog Brasília por Chico Sant'Anna

Brasília – Esplanada dos Ministérios – Congresso Nacional. Foto de Roberto Castro/MTur


Joaquim Roriz (PTR), na Agricultura; Maurício Corrêa (PDT); na Justiça. Cristovam Buarque (PT); na Educação, Agnelo Queiroz (PCdoB), no Esportes; são os que, no passado, efetivamente foram nomeados ministros, a partir de um referencial políticopartidário. Em contrapartida, vários são os exemplos de lideranças políticas locais, como Izalci Lucas (PSDB), Coronel Alberto Fraga (Dem), Celina Leão (PP), para citar os mais contemporâneos, que sistematicamente são lembrados, mas que nunca foram designados.


Por Chico Sant’Anna

Ao longo de seus 61 anos, Brasília nunca teve presença tão forte no primeiro escalão do governo Federal, como agora. Poucos foram os representantes da classe política candanga que tiveram assento na Esplanada dos Ministérios. E os pouco que lá estiveram não ficaram por muito tempo. Exceção, talvez, para Agnelo Queiroz (PCdoB), no Esportes, que ficou no cargo desde o início do governo Lula, até a data limite de desincompatibilização, em 2006, quando concorreu ao Senado.

Em termos de visibilidade pública, provavelmente o nome mais forte foi o do ministro da Fazenda Mailson da Nobrega, nomeado pelo governo Sarney. Ficou no cargo de dezembro de 1987 a março de 1990. Foi o responsável pelo chamado Plano Verão, que tentava controlar a inflação no país, após os fracassos dos Planos Cruzado I e II e do Plano Bresser. O Plano Verão também não foi eficiente, levando a criação de Plano Collor, por Zélia Maria Cardoso de Mello, que confiscou os valores depositados nas poupanças. A nomeação de Mailson foi uma escolha pessoal de Sarney e se deu muito mais por critérios técnicos e pessoais, do que uma força político partidária brasiliense.

Joaquim Roriz (PTR), na Agricultura, Maurício Corrêa (PDT), na Justiça. Cristovam Buarque (PT), na Educação, Agnelo Queiroz (PCdoB), no Esportes são os que efetivamente foram nomeados ministros, a partir de um referencial político. Em contrapartida, vários são os exemplos de lideranças políticas locais, como Izalci Lucas, Coronel Alberto Fraga, Celina Leão, para citar os mais contemporâneos, que sistematicamente são lembrados, mas que nunca são designados.