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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Licitação do segundo aeroporto do DF pode não decolar

Quinta, 3 de fevereiro de 2022
Foto: Daniel Santos/Terracap

Embora tenha autorização da Agência Nacional da Aviação Civil – Anac para operar – seu código internacional é SIQE – a situação fundiária e ambiental do Aeródromo Botelho estava irregular. O local deveria ser explorado enquanto propriedade rural, na produção de alimentos. Para tentar superar o imbróglio ambiental, a Terracap assinou com o Instituto Brasília Ambiental o Termo de Compromisso Ambiental nº 02/2021, mas trata-se de um compromisso preliminar e provisório e a própria empresa informa que caberá ao vencedor da licitação regularizar o funcionamento.

Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna

Chico Sant’Anna
O que poderia vir a ser o grande negócio da Terracap em 2022 pode não decolar. A licitação do Aeródromo Botelho, nas proximidades de São Sebastião, está nas miras da Promotoria da Ordem Urbanística – Prourb do Ministério Público do DF. O GDF conta arrecadar, ainda nesse ano, no mínimo, R$ 3 milhões com o pagamento da entrada, por parte da empresa vencedora. O objetivo da licitação é transformar a área no Aeroporto do Planalto Central, com capacidade de receber aeronaves executivas de até 24 toneladas além de helicópteros. Este seria o segundo aeroporto comercial do Distrito Federal. Pistas particulares, como a do piloto Nelson Piquet, nas proximidades da qual acaba de cair um pequeno aeroplano, existem em vários pontos.
O Aeroporto do Planalto Central terá capacidade de receber aeronaves executivas de até 24 toneladas além de helicópteros. Nessa categoria de peso, se incluem jatinhos particulares com capacidade para até dezoito passageiros. Entretanto, segundo pilotos, naves de linhas regionais, como o turboélice ATR 72, utilizado pela Azul Linhas Aéreas. também estão nesse limite de peso. Não se sabe ainda se o Aeroporto do Planalto Central viria a ser utilizado com aviões de carreira ou só voos particulares.

Jatinhos particulares de até 24 toneladas podem possuir a capacidade para até dezoito passageiros. Entretanto, segundo pilotos, naves de linhas regionais, como o turboélice ATR 72, utilizado pela Azul Linhas Aéreas, também estão nesse limite de peso. Não se sabe ainda se o Aeroporto do Planalto Central viria a ser utilizado com aviões de carreira ou só voos particulares. De qualquer maneira, para a Terracap, o empreendimento tem o potencial de transformar as imediações em um novo polo econômico. E isso preocupa tanto chacareiros quanto o próprio MPDFT. Para o governo é um negócio estratégico, pois evita sobrecarga no Aeroporto JK e a evasão de aeronaves – consequentemente de receitas – para o Entorno do DF, notadamente Luziânia e Formosa.