Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Audiência de custodia, um direito a ser respeitado.

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Sexta, 27 de fevereiro de 2015
Por Siro Darlan, desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e Coordenador Rio da Associação Juízes para a Democracia.

Findos os trabalhos da Comissão da Verdade, concluiu-se que a tortura não faz apenas parte de nossa história recente, mas continua sendo uma prática como método de investigação defendido à luz do dia por significativa parte de agentes da segurança. Ademais é o Brasil o terceiro país que mais encarcera no planeta, sendo uma prática corriqueira a adoção das prisões cautelares que a lei propõe como medida extrema e excepcional.
Como signatário da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica) obrigou-se a aplicar de forma imediata as normas referentes ao respeito dos direitos humanos. Essa norma do artigo 7º obriga a apresentação imediata à autoridade judiciária de todas as pessoas custodiadas, não apenas em razão de flagrante, de decreto de prisão preventiva ou de sentença condenatória.
Ora, qual a razão dessa apresentação? Não é incomum a ocorrência de abusos policiais, essa apresentação servirá para que a autoridade judiciária constate a correta identidade da pessoa presa, dar-lhe ciência dos motivos que determinaram sua segregação, a colheita de informações sobre os fatos que geraram essa medida extrema, e diante disso, ouvidos o Ministério Público e a Defesa, decidir sobre a manutenção ou não da prisão, evitando-se desse modo aprisionamentos desnecessários.
Quem pode ser contra essa medida de respeito aos direitos humanos? Certamente que os juízes não podem contrariar seu compromisso de posse de respeitar, cumprir e fazer cumprir a Constituição e as leis do país. Do mesmo modo, o Ministério Público, na condição de Fiscal da Lei, deve ter o interesse na implantação desse direito fundamental. A defesa igualmente deve se interessar na adoção desse mecanismo de proteção aos direitos do preso.
Sendo assim, quem resiste? Aqueles que têm medo de olhar para o outro e se enxergar. Aqueles que trazem dentro de si o “estado policial”, muitas vezes acobertado pela toga. Os que vivem sob o falso estado de direito, mas insistem na suspensão de direitos fundamentais e de suas garantias, e isso acaba por fazer com que no campo do controle social exercido através do sistema penal, a diferença entre democracia e estados totalitários seja quase imperceptível.
Portanto, deve-se escolher entre a coerência de garantir o Estado verdadeiramente de direito, já que nos vivemos numa república democrática, ou permaneceremos coniventes com o arbítrio, a tortura, os flagrantes forjados, fingindo que não estamos vendo.
O compromisso dos juízes é com o respeito às normas e garantias legais e não com a manutenção de um estado policialesco criado à margem das leis. É por essa razão que a Associação de Juízes para a Democracia pugna para que:
a) que seja implantada a realização da referida audiência para todos os casos de prisão, qualquer que seja a natureza e o fundamento da custódia, como determina o Pacto de San Jose da Costa Rica;
b) que se faça constar de todos os mandados de prisão que, quando do respectivo cumprimento, a pessoa presa deva ser imediatamente apresentada ao Juiz de Direito que determinou a custódia ou ao Juiz de Direito competente da Comarca para a hipótese em que o mandado for cumprido em outro espaço territorial de jurisdição.
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Leia também:  MPF emite Nota Técnica favorável à audiência de custódia

BOMBAAA!!!!! MPDF questiona reajustes concedidos a servidores em desacordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal

Sexta, 27 de fevereiro de 2015
Do MPDF
O MPDFT ajuizou, nessa quinta-feira, dia 27, ação direta de inconstitucionalidade contra 33 leis que concedem reajuste salarial a servidores de diversas carreiras do Distrito Federal. Os aumentos foram concedidos sem previsão de dotação orçamentária, em desacordo com a Lei Orgânica do DF e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), considerando que o GDF já havia ultrapassado o limite de gastos com pessoal em 2014.

Segundo o MPDFT, em janeiro de 2015, o Distrito Federal extrapolou o limite prudencial previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal para gastos com pessoal, ficando sujeito às penalidades legais que estão sendo apuradas e serão objeto de novas ações. Além disso, a lei orçamentária de 2015 previu valor suficiente para cobrir apenas 15% dos reajustes concedidos.

Em paralelo, o órgão emitiu recomendação informando que não há qualquer impendimento para que reajustes sejam concedidos, desde que precedidos de estudos técnicos que considerem a disponibilidade financeira e a situação orçamentária atual. A recomendação se estende à Câmara Legislativa que, segundo o Ministério Público, deverá observar com maior rigor a eficiência da gestão financeira do DF, antes de aprovar proposições oriundas do Poder Executivo.

A intenção do MPDFT é assegurar o respeito ao princípio da eficiência da Administração Pública e garantir a aplicação responsável dos recursos. Com isso, espera-se evitar os desequilíbrios financeiros que levaram o Distrito Federal à inadimplência com pagamentos de servidores públicos e fornecedores, o que ocasionou a interrupção na prestação de serviços essenciais.
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Leia aqui a petição do MPDF em que é requerida a declaração de inconstitucionalidade.

Adiante os dispositivos questionados: 

MPDFT obteve ontem (26/2) em 2ª instância bloqueio de bens de Agnelo Queiroz e Anaximenes Santos (ex-administrador de Taguatinga) por inauguração irregular do Centro Administrativo do GDF

Sexta, 27 de fevereiro de 2015
Do MPDF  
Após interposição de agravo de instrumento pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), a desembargadora da 1ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) determinou, na última quinta-feira, dia 26, a indisponibilidade de bens do ex-governador Agnelo Queiroz e do ex-administrador de Taguatinga Anaximenes Vale dos Santos, no valor de aproximadamente 28 milhões de reais. Eles são réus em ação de improbidade administrativa proposta pelo MPDFT pela inauguração irregular do Centro Administrativo do Distrito Federal (Centrad).

Na decisão, a desembargadora acatou pedido do MPDFT e determinou a indisponibilidade dos bens nos valores de R$ 15.953.767,20 (R$ 3.988.441,80 a título de suposto dano ao erário + R$ 3.988.441,80 a título de dano moral coletivo + R$ 7.976.883,60 a título de multa civil) para Agnelo Queiroz e de R$ 12.065.325,40 (R$ 3.988.441,80 a título de suposto dano ao erário + R$ 100.000,00 a título de dano moral coletivo + R$ 7.976.883,60 a título de multa civil) para Anaximenes Santos.

A ação de improbidade ajuizada, no dia 14 de janeiro, pela Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb) pediu em caráter liminar a decretação imediata da indisponibilidade de bens dos réus, incluindo contas bancárias, imóveis e veículos. O Juízo de primeiro grau indeferiu o pedido, sob a fundamentação genérica de que, não tendo havido impugnação no momento de aprovação do projeto do Centro Administrativo, não seria possível fazê-lo agora e, assim, não estaria cabalmente demonstrada a responsabilidade dos réus.

No recurso, a desembargadora reconheceu haver indícios das irregularidades elencadas pelo MPDFT na ação e registrou que "os gestores públicos e membros de poder devem envidar todos os esforços na proteção ao meio ambiente (no qual se inclui o meio ambiente urbano), evitando o retrocesso socioambiental e buscando acompanhar as necessidades dos moradores dos grandes centros urbanos."

Processo: 2015.01.1.002697-8

Entenda o caso
Na ação de improbidade ajuizada pela Prourb, os promotores de Justiça esclarecem que alertaram a Administração Regional de Taguatinga e o então governador do Distrito Federal sobre a impossibilidade de concessão de habite-se, mesmo diante da publicação do Decreto 3.061/14, tendo em vista a legislação federal e as decisões judiciais de 1º e 2º graus que mantinham a exigência de cumprimento das medidas impostas pelo Departamento de Trânsito (Detran) no Relatório de Impacto de Trânsito (RIT).

No entanto, Agnelo Queiroz, em seu penúltimo dia no governo, nomeou Anaximenes Vale dos Santos novo administrador de Taguatinga, o qual, em apenas um dia, analisou o procedimento de mais de 4.700 páginas e concedeu a carta de habite-se, permitindo a inauguração do Centro Administrativo e contrariando as duas decisões judiciais e a recomendação do Ministério Público.

Leia mais

Vestido de Bolero - Dorival Caymmi

Sexta, 27 de fevereiro de 2015

Juiz rejeita denúncia de Nisman contra Cristina Kirchner

Sexta, 27 de fevereiro de 2015
Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil
O juiz federal argentino Daniel Rafecas rejeitou hoje (26) a denúncia apresentada pelo promotor Alberto Nisman contra a presidenta Cristina Kirchner. No documento, o promotor acusa a presidenta de encobrir responsáveis iranianos pelo atentado contra o centro comunitário judaico Amia, em 1994 – considerado o pior na história da Argentina -, que matou 85 pessoas e deixou mais de 300 feridas. Segundo Rafecas, “não há um só elemento de prova, sequer evidências circunstanciais, que aponte para a atual chefe de Estado”.

Algumas lições da crise petrolífera só o mercado salva?

Sexta, 27 de dezembro de 2015
Do Blog Política Econômica do Petróleo
Por Wladmir Coelho

A principal tarefa do setor petrolífero dos Estados Unidos consiste em reduzir os custos da produção para manter a sua posição de liderança no mundo”. Alan Greenspan.




Política de preços: A origem geopolítica

A queda no preço do petróleo apresenta em suas origens – veja que não afirmo como única causa – a política de segurança energética dos Estados Unidos. Esta política tem em seu fundamento a independência do país em relação ao petróleo importado do Oriente Médio.
 
Os EUA abandonaram os príncipes da Arábia? 

Ao contrário. Este corte nos valores do petróleo não parece preocupar muito os príncipes proprietários da ARAMCO que participam alegremente, vejam o exemplo da refinaria Motiva Port Arthur, dos investimentos necessários à concretização da política de segurança energética dos EUA.

A refinaria Motiva Port Arthur é a maior e a mais moderna dos Estados Unidos está apta para refinar, inclusive, o óleo de xisto e metade desta empresa pertence aos príncipes.

O envolvimento da nobreza árabe em negócios nos Estados Unidos é amplamente conhecida e inclui a participação da oligarquia dos Bush e a família real “proprietária” do petróleo árabe.

Recordando: Durante o fechamento do espaço aéreo dos Estados Unidos em decorrência dos ataques de 11 de setembro somente um avião comercial recebeu autorização para decolar. Esta aeronave transportava dezenas de príncipes e princesas em direção aos seus respectivos palácios. Oligarquia e monarquia tudo a ver.

A segurança energética dos EUA inclui todo o continente americano

A política de segurança energética dos Estados Unidos não encontra limites territoriais. Vejamos:

Milhares marcham no México em apoio às famílias dos 43 desaparecidos

Sexta, 27 de fevereiro de 2015
Da Agência Lusa / Agência Brasil
Manifestação no México
Manifestação no México 
Foto Alex Cruz/Agência Lusa
Milhares de pessoas fizeram uma manifestação na noite dessa quinta-feira (26), na Cidade do México, em apoio às famílias dos 43 alunos que desapareceram há cinco meses na cidade de Iguala. Eles reivindicam verdade e justiça.

Falta d'água: Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) reúne multidão em protesto e é recebido pelo governo de São Paulo

Sexta, 27 de fevereiro de 2015
Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto foram recebidos, às 21h30, pelo secretário-chefe da Casa Civil e também o da Casa Militar do governo paulista, no Palácio dos Bandeirantes, segundo informou a Polícia Militar (PM), para uma reunião sobre as reivindicações do grupo, por volta de 21h30.
O movimento chegou às 20h30 ao palácio, após uma passeata contra a falta d'água em São Paulo, que reuniu 15 mil pessoas, de acordo com o MTST, e 8 mil, segundo a PM. Houve concentração no Largo da Batata e, às 18h30, o grupo saiu em marcha até a sede do governo, onde um grupo de pessoas foi recebido pelas autoridades.

Os líderes do movimento levaram uma pauta de reivindicações ao governador Geraldo Alckmin, incluindo pedido de programa emergencial de distribuição de caixas d'água, cisternas e abertura de poços artesianos nas periferias; transparência na divulgação da qualidade da água da Represa Billings; nenhum ajuste tarifário; rompimento de contratos de consumo de água que favoreçam grandes empresas; e isonomia para estabelecer rodízio no fornecimento de água para mais de 30 bairros nas zonas sul, leste e região metropolitana de São Paulo, onde o rodízio mais severo já está sendo aplicado, de acordo com o MTST.

Até as 23h30, o MTST não havia divulgado o resultado da reunião com o governo estadual e a assessoria de imprensa do governo de São Paulo também não tinha informações sobre o encontro.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

A "NOTA" DA PETROBRAS E A "NOTA" DA MOODY´S

Quinta, 26 de abril de 2015

Por Mauro Santayana 

(Jornal do Brasil) - A agência de classificação de “risco" Moody´s acaba de rebaixar a nota de crédito da Petrobras de Baa2 para Ba2, fazendo com que ela passe de "grau de investimento" para "grau especulativo".

Com sede nos Estados Unidos, o país mais endividado do mundo, de quem o Brasil é, atualmente, o quarto maior credor individual externo, a Moody´s é daquelas estruturas criadas para vender ao público a ilusão de que a Europa e os EUA ainda são o centro do mundo, e o capitalismo um modelo perfeito para o desenvolvimento econômico e social da espécie, que distribui, do centro para a "periferia", formada por estados ineptos e atrasados, recomendações e "notas" essenciais para a solução de seus problemas e a caminhada humana rumo ao futuro.

O que faz a Petrobras ?

Produz conhecimento, combustíveis, plásticos, produtos químicos, e, indiretamente, gigantescos navios de carga, plataformas de petróleo, robôs e equipamentos submarinos, gasodutos e refinarias.

De que vive a Moody´s ?

Basicamente, de “trouxas” e de conversa fiada, assim como suas congêneres ocidentais, que produzem, a exemplo dela, monumentais burradas, quando seus "criteriosos" conselhos seriam mais necessários.

Conversa fiada que primou pela ausência, por exemplo, quando, às vésperas da Crise do Subprime, que quase quebrou o mundo em 2008, devido à fragilidade, imprevisão e irresponsabilidade especulativa do mercado financeiro dos EUA, a Moody,s, e outras agências de classificação de "risco" ocidentais, longe de alertar para o que estava acontecendo, atribuíram "grau de investimento", um dos mais altos que existem, ao Lehman Brothers, pouco antes que esse banco pedisse concordata.

Conversa fiada que também primou pela incompetência e imprevisibilidade, quando, às vésperas da falência da Islândia - no bojo da profunda crise europeia, que, como se vê pela Grécia, parece não ter fim - alguns bancos islandeses chegaram a receber da Moody´s o Triple "A" (ilustração), o mais alto patamar de  avaliação, também poucos dias antes de sua quebra.

Afinal, as agências de classificação europeias e norte-americanas,  agem, antes de tudo, com solidariedade de “classe”. Quando se trata de empresas e nações “ocidentais”, e teoricamente desenvolvidas - apesar de apresentarem indicadores macro-econômicos piores do que muitos países do antigo Terceiro Mundo - as agências “erram” em suas previsões e só vêem a catástrofe quando as circunstâncias, se impõem, inapelávelmente, seguindo depois o seu caminho na maior cara dura, como se nada tivesse acontecido.

Quando se trata, no entanto, de países e empresas de nações emergentes, com indicadores econômicos como um crescimento de 400% do PIB, em dólares, em cerca de 12 anos, reservas monetárias de centenas de bilhões de dólares, e uma dívida pública líquida de menos de 35%, como o Brasil, o relho desce sem dó, principalmente quando se trata de um esforço coordenado, com outros tipos de abutres, como o Wall Street Journal, e o Financial Times, para desqualificar a nação que estiver ocupando o lugar de "bola da vez".

Não é por outra razão que vários países e instituições multilaterais, como o BRICS, já discutem a criação de suas próprias agências de classificação de risco. 

Não apenas porque estão cansados de ser constantemente caluniados, sabotados e chantageados por "analistas" de aluguel - como, aliás, também ocorre dentro de certos países, como o Brasil - mas também porque não se pode, absolutamente, confiar em suas informações.

Se houvesse uma agência de classificação de risco para as agências de “classificação” de risco ocidentais, razoavelmente isenta - caso isso fosse possível no ambiente de podridão especulativa e manipuladora dos "mercados" - a nota da Moody´s, e de outras agências semelhantes deveria se situar, se isso fosse permitido pelas Leis da Termodinâmica, abaixo do zero absoluto.

Em um mundo normal, nenhum investidor acreditaria mais na Moody´s, ou investiria um cent em suas ações, para deixar de apostar e aplicar seu dinheiro em uma empresa da economia real, que, com quase três milhões de barris por dia, é a maior produtora de petróleo do mundo, entre as petrolíferas de capital aberto, produz bilhões de metros cúbicos de gás e de etanol por ano, é a mais premiada empresa do planeta - receberá no mês que vem mais um "oscar" do Petróleo da OTC - Offshore Technologies Conferences - em tecnologia de exploração em águas profundas, emprega quase 90.000 pessoas em 17 países, e lucrou mais de 10 bilhões de dólares em 2013, por causa da opinião de um bando de espertalhões influenciados e teleguiados por interesses que vão dos governos dos países em que estão sediados aos de "investidores" e especuladores que têm muito a ganhar sempre que a velha manada de analfabetos políticos acredita em suas "previsões".

Neste mundo absurdo que vivemos, que não é o da China, por exemplo, que - do alto da segunda economia do mundo e de mais de 4 trilhões de dólares em ouro e reservas monetárias - está se lixando olímpicamente para as agências de "classificação" ocidentais, o rebaixamento da "nota" da Petrobras pela Moody´s, absolutamente aleatório do ponto de vista das condições de produção e mercado da empresa, adquire, infelizmente, a dimensão de um oráculo, e ocupa as primeiras páginas dos jornais.

E o pior é que, entre nós, de forma ridícula e patética, ainda tem gente que, por júbilo ou ignorância, festeja e comemora mais esse conto do vigário - destinado a enfraquecer a maior empresa do país - que não passa de um absurdo e premeditado esbulho.

Lixeira: Ex-reitor da UnB Timothy Martin Mulholland tem demissão publicada no Diário Oficial da União

Quinta, 26 de fevereiro de 2015
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil
O Ministério da Educação (MEC) publicou hoje (26) no Diário Oficial da União a demissão do ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB), Timothy Martin Mulholland. A decisão está em três portarias referentes a três processos administrativos. A pasta considerou Mulloland culpado por valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública e por improbidade administrativa.

Corregedoria Nacional de Justiça afasta juiz de processos envolvendo Eike

Quinta, 26 de fevereiro de 2015
Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil
A corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, determinou hoje (26) o afastamento do juiz federal Flávio Roberto de Souza de todos os processos que envolvam o empresário Eike Batista. A decisão de Nancy se dá após o juiz ter sido visto dirigindo um dos automóveis do empresário. O carro, assim como outros bens, foi apreendido por decisão do próprio magistrado, em processo no qual o empresário é acusado de crimes contra o mercado de capitais.

O nosso fundamentalismo

Quinta, 26 de fevereiro de 2015
Do IHU
Instituto Humanitas Unisinos
"Perturbador não é o fato de o deputado Eduardo Cunha cultivar e encampar ideias reacionárias. Perturbador é constatar que Cunha não está sozinho nesta empreitada", escreve Luiz Ruffato, escritor e jornalista, em artigo publicada no jornal El País, 25-02-2015.
Eis o artigo.
No dia 1º de fevereiro Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi eleito presidente da Câmara dos Deputados, o que o coloca como segundo nome na linha de sucessão da Presidência da República em caso de ausência de Dilma Rousseff, logo após o vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP). O Brasil encontrava-se em plena função pré-carnavalesca, enquanto Cunha, articulador e líder do chamado Blocão, que reúne metade dos parlamentares da Casa, trabalhava para trazer à pauta propostas que considera essenciais para o bom funcionamento da sociedade brasileira.
Dentre as prioridades de Cunha estão a votação do Estatuto da Família, de autoria do deputado Anderson Ferreira (PR-PE), fiel da Assembleia de Deus, que define “família” como “união entre homem e mulher”, contrariando decisão do Supremo Tribunal Federal, que igualou os direitos dos casais homossexuais aos dos casais heterossexuais.
Cunha também desarquivou dois projetos de sua autoria, um que institui o Dia do Orgulho Heterossexual e outro que penaliza a discriminação contra os heterossexuais. Fosse brincadeira, pensaria em farsa – mas, sendo sério, enxergo apenas cinismo.
Negar direitos aos casais homossexuais, em nome da defesa de valores familiares, é acreditar ainda que o sol gira em torno da Terra ou que as moscas nascem da carne em putrefação. A ideia tradicional de família está em crise em todos os lugares, é uma marca dos nossos tempos – e, ao invés de propor uma discussão honesta sobre como organizar essa nova realidade, preferimos inventar culpados e caçá-los. Incompetentes para nos adaptar a um mundo em mutação, aferramo-nos a um passado idealizado (e portanto falso) e negamos o presente concreto. Esse discurso, baseado em um moralismo fundamentalista, não combina com uma sociedade que se quer moderna e laica, e resulta numa espécie de autismo social. Nunca soube de nenhum heterossexual discriminado, onde quer que seja, por conta de sua orientação sexual – mas em 2013 foram assassinados 319 homossexuais, quase um por dia.
Outra cruzada de Cunha, dentro de sua lógica de preservação da família, é contra a legalização do aborto. Por sua iniciativa, tramitam na Câmara dos Deputados quatro projetos de lei que ampliam a repressão à prática do aborto: tipificando-a como crime hediondo, conceituando o início da vida na concepção (hoje a legislação compreende que a vida começa após a 22ª semana de gestação), prevendo a prisão de seis a vinte anos do médico que pratique a operação, e tornando crime a orientação de gestantes para o procedimento, com até dez anos de reclusão.
A proibição do aborto é mais uma face visível da nossa hipocrisia. Todos sabem que o aborto é praticado no Brasil, e de maneira intensiva – calcula-se em torno de 850 mil procedimentos clandestinos todo ano. A diferença é que as mulheres ricas de classe média vão a clínicas de alto padrão, com ameaça mínima para a saúde, enquanto as mulheres pobres recorrem a consultórios de fundo de quintal, a aborteiras ou lançam mão de expedientes domésticos, correndo sérios riscos, que resultam muitas vezes em esterilidade e, pior, em morte. Recusar-se a discutir o assunto é continuar condenando as mulheres, sejam ricas ou pobres, à marginalidade – e, em casos extremos, à morte.
Perturbador não é o fato de o deputado Eduardo Cunha cultivar e encampar ideias reacionárias – que ele tem todo o direito de defender. Perturbador é constatar que Cunha não está sozinho nesta empreitada.
Economista, 57 anos, começou sua trajetória pública como presidente da Telerj, no governo Collor, assumindo em seguida a presidência da companhia de habitação do Rio de Janeiro, no governo Garotinho.
Radialista, ligado ao bispo Robson Rodovalho, da igreja Sara Nossa Terra, elegeu-se em 1998 deputado estadual e a partir de 2002 deputado federal, com votações crescentes a cada nova legislatura – na última, foram 232 mil votos. Para conquistar a presidência da Câmara, no primeiro turno, recebeu 267 votos.
Perturbador é isso: o deputado representa a opinião de uma parcela cada vez maior da população brasileira, que, renunciando a pensar, delega suas opiniões a homens como Eduardo Cunha, que, escudado num falacioso discurso religioso, defende sabe-se lá que interesses.

Sindicato dos Médico do DF ganha na Justiça liminar proibindo o GDF de pagar salários parcelados

Quinta, 26 de fevereiro de 2015
Do SindMédico-DF
O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) obteve, no fim da tarde de ontem, decisão liminar da 7a Vara de Fazenda Pública para ação que pede a suspensão imediata do escalonamento dos salários dos servidores públicos imposto pelo governo do Distrito Federal (GDF).

O presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, enfatiza que a Justiça demonstrou reconhecer a ilegalidade da medida e o dano que causa ao trabalhador. “Já fizemos uma paralisação e agora obtivemos essa sentença favorável à nossa demanda. Vamos usar de todos os meios lícitos para fazer valer nossos direitos”, destaca.

Dias antes, na segunda-feira, o SindMédico-DF convidou dirigentes dos demais sindicatos de servidores da Saúde, representantes do Sindireta e do Sinpro-DF para uma reunião, da qual se originou o Movimento Sindical de Defesa do Serviço Público do Distrito Federal cuja primeira ação foi divulgar moção conjunta de apoio ao movimento reivindicatório dos professores.

“Em vez de deixar de cumprir suas obrigações institucionais e patronais, o GDF tem que fechar a toneira de benefícios concedidos por meio de renúncia fiscal e perdão de dívidas”, afirma Gutemberg.

MPF/DF solicita informações sobre construção de creches e escolas infantis no DF

Quinta, 26 de fevereiro de 2015
Do MPF
Ofício enviado ao secretário de Educação faz questionamentos sobre atrasos na implantação do programa Proinfância

Quais os critérios sociais e econômicos considerados na decisão de construir creches e escolas públicas infantis em regiões como Asa Norte, Asa Sul e Lago Sul - setores nobres de Brasília, onde as famílias têm renda mensal média de R$ 21 mil? Qual o déficit atual na rede pública para o atendimento de crianças em idade pré-escolar? Por que as obras de algumas unidades não foram sequer iniciadas, embora os recursos já tenham sido repassados pelo governo federal? Estas são algumas informações que o Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) espera receber nos próximos dias da Secretaria de Educação. Os dados foram solicitados em função da abertura de procedimento que apura suspeitas de irregularidades na implantação do programa Proinfância, lançado em 2007 pelo Ministério da Educação.

Obstrução de estrada dá multa de até R$ 10 mil por hora, diz ministro da Justiça

Quinta, 26 de fevereiro de 2015
Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil*
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, fala à imprensa após encontro com o presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coelho, e com presidentes das seccionais estaduais (José Cruz/Agência Brasil)
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anuncia multa para caminhoneiro que obstruir estradas
José Cruz/Agência Brasil
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse hoje (26) que os líderes do movimento dos caminhoneiros que vieram conversar com o governo aceitaram as propostas do Executivo. A partir de agora, segundo ele, os caminhoneiros que continuarem obstruindo as estradas serão multados com valores entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por hora.

Projeto de remanejamento de fundos para pagar salários pode ser votado nesta sexta (26)

Quinta, 26 de fevereiro de 2015
Em comissão geral realizada no plenário da Câmara Legislativa nesta quinta-feira (26), o secretário de Relações Institucionais do GDF, Marcos Dantas, garantiu que o projeto de remanejamento de recursos para pagar os servidores da educação vai ser enviado amanhã (27) à Casa. Segundo a presidente do Legislativo local, deputada Celina Leão (PDT), a proposta será apreciada o quanto antes. "Se o projeto chegar amanhã, será convocada uma sessão extraordinária para isso", afirmou, salientando que a convocação já tem o apoio de diversos deputados.

A proposta do GDF é remanejar cerca de R$ 140 milhões de fundos distritais para pagar a primeira parcela dos salários no quinto dia útil de março, além de adiantar em dois meses o fim do parcelamento dos atrasados – cujo prazo está previsto para acabar em junho.

O presidente do Sindicato dos Professores no DF (Sinpro), Washington Dourado, reforçou que o projeto de remanejamento de recursos deve ser, especificamente, para quitar a dívida, pois o pagamento dos salários está previsto no orçamento. Ele resgatou episódios da luta dos professores por seus direitos nos últimos anos e, em especial, nos últimos meses. "Tivemos calote do governo anterior e, agora, terrorismo por parte desse governo", reclamou. O sindicalista garantiu que, sem resposta por parte do GDF, a categoria pode entrar em greve por tempo indeterminado, contrariando decisão judicial.

"Estamos endividados com o BRB, se até dia 27 não resolverem a situação, vamos nos juntar aos professores, e aí serão 70 mil servidores paralisados", afirmou o representante do Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas no DF (SAE), Carlos Alberto de Oliveira.

O deputado Wasny de Roure (PT) lamentou a situação dos servidores da educação: "O que é um direito se tornou uma luta". Já o deputado Cristiano Araújo (PTB) questionou a remissão de dívidas de uma empresa de medicamentos no valor de quase R$ 70 milhões: "Isso é justo? O recurso poderia gerar mais caixa para o GDF".

Sobre a alternativa apresentada pelo GDF, de remanejar recursos de fundos distritais para pagar os salários, o deputado Rafael Prudente (PMDB) argumentou haver um artigo na Lei Orgânica do DF impedindo a medida. E o deputado Chico Vigilante (PT) elencou uma série de medidas apresentadas pela bancada do PT para aumentar a arrecadação do DF, como a retomada do processo de securitização da dívida ativa e o remanejamento dos recursos da reserva de contingência.

Mais críticas - O presidente do Sinpro também reclamou da mudança no calendário escolar e do corte de coordenadores pedagógicos. "Foram medidas unilaterais e autoritárias", afirmou. Washington Dourado também reclamou da redução nos recursos repassados para as escolas. Segundo o sindicalista, há escolas que receberam menos de R$ 1,5 mil para começar o ano.

Fonte: Denise Caputo - Coordenadoria de Comunicação Social 
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Comentário do Gama Livre: Quanto ao anunciado projeto de lei a ser enviado à CLDF propondo a transferência de recursos de fundos do GDF para pagamento dos salários dos professores, pelo menos um desses fundos estaria a salvo. É o Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente. É que o artigo 269-A da Lei Órgânica do DF veda esse tipo de alteração. Para transferir recursos desse fundo, o governo do DF teria primeiro que emendar a Lei Orgânica.
Veja a seguir o texto da Lei Orgânica:
"Art. 269-A. O Poder Público manterá o Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente, com dotação mínima de três décimos por cento da receita tributária líquida.
Parágrafo único. É vedado o contingenciamento ou o remanejamento dos recursos destinados ao Fundo Dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal."

Lula fala do seu novo trono, a ABI. O presidente desse cargo deveria ser enquadrado no impeachment. Todos querem derrubar (ou roubar) a Petrobras, salvar as empreiteiras corruptas

Quinta, 26 de fevereiro de 2015
Da Tribuna da Imprensa
Helio Fernandes
Politicamente o Rio de Janeiro nunca teve tanto poder. Eduardo Cunha, presidente da Câmara, encantado com o cargo, mas empolgado com o futuro. (Por isso já exige que o governo tome posição em relação ás arbitrariedades na Venezuela. A posição é correta, mas presidentes da Câmara jamais se preocuparam com assuntos externos).
Picciani, líder (?) do PMDB nacional. Agora para a CPI da Petrobrás. Cunha “trabalhou” o nome de Luiz Sergio, do PT, para relator. Depois de muita briga, foi referendado por causa do apoio de Cunha. Se não fosse isso, podia ser indicado mas não escolhido.

Causas e consequências do isolamento

Quinta, 26 de fevereiro de 2015
Da Tribuna da Imprensa
Carlos Chagas
Na sua mais recente intervenção política, o Lula recomendou à presidente Dilma levantar a cabeça. Vamos supor a sucessora seguindo o conselho do antecessor. Verá o quê, além da paralisação dos caminhoneiros, da alta nos preços, das generalizadas reações contra a redução de direitos trabalhistas, mais o temor dos partidos de sua base política diante da lista a ser divulgada pelo Procurador-Geral da República por conta dos escândalos na Petrobras. Também verá a insatisfação do PMDB diante do distanciamento do governo, a rebelião no PT, o sentimento de independência do Congresso transformar-se em hostilidade, envolta por sua impopularidade expressa nas recentes pesquisas de opinião. Sem falar nas ameaças de impeachment e num ministério amorfo, insosso e inodoro. Quantos obstáculos e desgraças a mais? (Clique aqui e continue lendo)

Fogo!!! Posto da PM do DF é incendiado em Santa Maria nesta quinta (26/2)

Quinta, 26 de fevereiro de 2015
Continua a queima dos imprestáveis postinhos de não-policiamento comunitário, os inúteis kinder ovos. Hoje foi o terceiro que ardeu só neste mês de fevereiro na Região Administrativa de Santa Maria, no DF. E São João ainda nem chegou.
No DF, muitos já foram queimados por vândalos. A construção desses cento e tantos postinhos, que foi caríssima, em torno de R$230 mil a unidade daqueles de um módulo só, foi um verdadeiro vandalismo contra os cofres públicos. A PM estuda desativá-los, mas os governadores que implantaram ou expandiram o programa não responderão pela porcaria que fizeram?

HSBC: Lista na Suíça revela empresas da Lava Jato em paraísos fiscais

Quinta, 26 de fevereiro de 2015
Donos da Galvão e da Queiroz Galvão têm firmas nas Ilhas Virgens Britânicas
São 3 offshores: Fipar Assets, Montitown United e Melistar Management.
 
11 integrantes da família Queiroz Galvão estão nos registros do SwissLeaks.
 
Análise detalhada de milhares de fichas de correntistas da agência de “private bank” do HSBC de Genebra, na Suíça, indica que muitos operavam por meio de empresas em paraísos fiscais. Esse é o caso de pelo menos 9 dos 11 integrantes da família Queiroz Galvão –que comandam as empreiteiras Galvão Engenharia e Queiroz Galvão– e que têm contas numeradas no exterior...

Vergonha! Mulheres de deputados federais agora viajam de avião com o dinheiro do contribuinte


Quinta, 26 de fevereiro de 2015
Câmara dos Deputados reajustou ontem verba de gabinete e liberou passagem aéreas para mulheres de parlamentares. E com o dinheirinho do contribuinte. São ecos da eleição para a Mesa Diretora.
Para liberar para amantes é um pulinho só. É daqui pra li.