Quarta, 1 de dezembro de 2010
Deputado Roney Nemer. Foto CLDF
O distrital Roney Nemer (PMDB) está com todos os seus bens e
direitos bloqueados pela Justiça do DF. Também estão bloqueados os bens e
direitos das pessoas jurídicas nas quais o deputado figure como sócio. A
Receita Federal e o Banco Central serão intimados da decisão do juiz da 2ª Vara
da Fazenda Pública do DF para que tomem as providências necessárias.
De acordo com o Ministério Público, que moveu a ação na Justiça, o deputado do PMDB está incurso nas sanções do artigo 12 da lei 8.429 de 1992, em razão da prática de atos ímprobos, eis que teria recebido R$2.888.448 de mensalão pago pelo governador José Roberto Arruda, “com dinheiro público, advindo de esquema de corrupção implementado na capital da república, ao longo dos anos de 2006 a 2009”.
A chamada Casa do Espanto, a CLDF, livrou, na semana passada, o deputado Roney Nemer e mais dois colegas de responderem processos diante da Comissão de Ética (?). Ficou feio agora para a CLDF esse bloqueio dos bens do distrital. Mas o que não é feio na CLDF? Só o prédio.
A Justiça já havia bloqueado os bens de outro distrital, Rogério Ulysses, que teria se envolvido, segundo a denúncia do Ministério Público, com o Mensalão do Arruda.
Ainda de acordo com o juiz da 2ª Vara da Fazenda, é fundado o receio do Ministério Público de que Roney Nemer venha a dispor de seu patrimônio, “notadamente adquirido de forma ilícita”, a fim de se livrar das consequências jurídicas previstas na lei 8.429/92.