Sábado, 9 de julho de 2011
Da Agência Brasil
Morreu na madrugada de hoje (9), perto de fazer 87 anos, o
percussionista e compositor Pernambuco do Pandeiro. Ele estava internado
há uma semana e morreu em decorrência da falência múltipla de órgãos.
Em depoimento à Rádio Nacional, gravado em 2008, Inácio Pinheiro Sobrinho (nome de batismo) lembrou que faz parte da história de Brasília, onde chegou em 1959, a convite do presidente Juscelino Kubitschek, para tocar na Rádio Nacional.
Junto com outros músicos que eram funcionários públicos e foram
transferidos para a capital, como Avena de Castro, Nilo Costa, Tio João,
Hamilton Costa, Neuza França e Odete Ernest Dias, começaram as reuniões
musicais nas próprias casas dos “chorões”.
Na década de 70, começaram as apresentações públicas. O então
governador Elmo Serejo Farias assistiu a uma delas e cedeu as
instalações de um antigo vestiário do Centro de Convenções para as
reuniões dos músicos. A partir daí, foi fundado o Clube do Choro de
Brasília no dia 09 de setembro de 1977.
Pernambuco do Pandeiro começou a carreira na década de 1940, no Rio de
Janeiro, com apresentações na Rádio Clube Fluminense em Niterói e nas
boates Dancing Brasil e Farolito.
Depois, passou a integrar o regional de César Farias, pai de Paulinho
da Viola. Também tocou com Pixinguinha e Benedito Lacerda na Rádio Tupi.
Na década de 50, criou seu próprio conjunto, quando lançou Hermeto
Pascoal.
Percorreu vários países divulgando a música brasileira e tocou também
no conjunto que acompanhava Waldir Azevedo. Ainda em Brasília, em 1982,
apadrinhou e deu o nome à dupla Dois de Ouro, formada por Hamilton de
Holanda – na época com seis anos de idade – e o irmão, Fernando César.
O velório será amanhã, no Cemitério Campo da Esperança, em Brasília, a
partir das 10h, na Capela 10. O enterro está marcado para as 15h30.
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