Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Movimentos Sociais se organizam para realizar a Cúpula dos Povos

Segunda, 11 de julho de 2011
Da Agência Pulsar
Grupos de diversos estados do Brasil e países se organizam para a realização da Cúpula dos Povos. O evento acontecerá paralelo a “Rio+20”, conferência a ser realizada no Rio de Janeiro, em 2012.

Marcelo Durão, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), explica que a Cúpula dos Povos surge a partir da necessidade de se fazer um amplo debate sobre as questões ambientais nacionais e internacionais.
O primeiro encontro do grupo aconteceu no Rio de Janeiro no início deste mês. As reuniões entre representantes de estados brasileiros devem seguir acontecendo mensalmente. Já os encontros ampliados, com ativistas de outros países, estão marcados para novembro, durante a Conferência do Clima (COP 17), que será realizada em Durban, na África do Sul.

A Rio+20 integrará a tradição de reuniões da Organização das Nações Unidas (ONU), como as conferências de Estocolmo, Suécia (1972), Rio de Janeiro (1992) e Joanesburgo, África do Sul (2002). O objetivo seria promover o desenvolvimento sustentável do planeta.

No entanto, para Marcelo Durão, a Rio+20 significa "um encontro de acordos por dentro da economia verde, que desconstrói os valores da natureza”. O grupo articulado na Cúpula dos Povos acredita na necessidade de se resgatar a ideia de que há bens comuns da humanidade, o que é incompatível com a atual mercantilização da vida e da natureza.

As mobilizações contra os megaeventos, especialmente a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, também serão temas importantes na Cúpula dos Povos.

O evento paralelo à Rio+20 planeja reunir diversas organizações e movimentos sociais ligados às questões urbanas, do campo, ambientais, direitos humanos, gênero, juventude, povos indígenas, economia solidária, entre outros. (pulsar)