Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Precatórios voltam a assombrar Eduardo Campos

Segunda, 6 de fevereiro de 2012
Do "O Estado de S. Paulo"

ANGELA LACERDA / RECIFE - O Estado de S.Paulo
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, foi condenado, em dezembro de 2009, pela emissão de títulos públicos para pagamento de precatórios judiciais. O processo administrativo foi aberto pelo Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) - órgão que julga recursos contra penalidades aplicadas pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários -, em 1996, no caso conhecido como "Escândalo dos Precatórios".

A notícia está na nova edição da revista Época e revela aspecto até então pouco divulgado, trazendo de volta um tema que o presidente do PSB acreditava estar enterrado após sua absolvição pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2003.

Campos e outros dois ex-diretores do extinto Banco do Estado de Pernambuco (Bandepe) - Wanderley Benjamin de Souza e Jorge Luiz Carneiro de Carvalho - foram proibidos de integrar a direção administrativa de instituições financeiras fiscalizadas pelo Banco Central por três anos - prazo que vigora até dezembro deste ano. Motivo: "infração grave" na negociação irregular de títulos públicos.

Em 1996, Eduardo era secretário de Fazenda do seu avô, Miguel Arraes, então governador do Estado, e membro do conselho de administração do Bandepe. Pernambuco tinha dívidas vencidas de R$ 235 milhões, o que serviu de justificativa para a emissão de R$ 480 milhões entre junho e novembro daquele ano. No ano seguinte, como deputado federal, ele depôs na CPI do Congresso Nacional que investigou irregularidades com títulos públicos para pagamento de precatórios. Leia mais
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Comentário do Gama Livre: Nunca mais vimos Roberto Requião, ex-governador do Paraná, senador do PMDB, e relator da CPI dos Precatórios, chamar o político pernambucano de "Eduardo Campos Precatório".