Domingo, 12 de fevereiro
Paulino F. Campos
Como diria Boris Casoy, “Isto é uma vergonha!” A educação pública no
Brasil só é boa (será?) para quem é rico. O rico estuda na escola
privada (as melhores), depois vai para a universidade pública, que
geralmente são as melhores.
O pobre estuda na escola pública e, se conseguir terminar o segundo
grau e quiser fazer alguma universidade, se vira na universidade
particular ou, melhor dizendo, faculdade particular(caça-níqueis), se
for capaz e conseguir pagar.
O resultado é que a maioria nem tenta fazer uma faculdade. Razão
tinha o então ministro da Educação Cristovam Buarque, quando defendia a
federalização da Educação básica do Brasil para tentar corrigir os
desníveis do ensino no País e, ainda mais, remunerar com mais dignidade
os que trabalham na educação no Brasil.
Nada disso aconteceu. Buarque foi demitido (por telefone), botaram lá
um garotão que o Brasil nem sabia quem era, e o governo optou por
“programas” que lhe deem respostas imediatas para fins eleitoreiros, mas
o País continua com uma educação precária.
Quando será que teremos um estadista à testa dos destinos do Brasil? A
julgar pelo nível de consciência política que nosso povo tem, nunca
chegaremos lá. Afinal cada um que chega ao poder, vem financiado pelos
mesmos grupos de interesses pessoas ou empresariais. Assim, não vamos a
lugar nenhum.
Fonte: Tribuna da Imprensa