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(Millôr Fernandes)

sábado, 8 de setembro de 2012

A poderosa 'mequetrefe'

Sábado, 8 de setembro de 2012
Da Revista IstoÉ N° Edição:  2235

E-mails apreendidos pela Polícia Federal revelam o poder da ex-gerente da SMP&B, Geiza Dias, ré do mensalão; ex-funcionária de Marcos Valério indicava como e quando o pagamento deveria ser feito

Josie Jeronimo

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Uma série de e-mails, correspondências e balancetes apreendidos pela Polícia Federal na SMP&B mostram que Geiza Dias dos Santos, ex-gerente financeira da agência do publicitário Marcos Valério e ré do processo do mensalão, não é tão “mequetrefe” como tentou convencer seu advogado Paulo Sérgio Abreu e Silva durante o julgamento no STF. Segundo o dicionário, mequetrefe é alguém que não merece maior consideração, um intruso, um joão-ninguém. ISTOÉ, no entanto, teve acesso a documentos que mostram Geiza como uma pessoa poderosa. O material indica que, a partir dos registros do trabalho da administradora de empresas na firma de Valério, foi produzida boa parte das provas do mensalão.

Nas correspondências, Geiza detalha a representantes do Banco Rural como o pagamento será feito e fornece dados dos beneficiários dos saques. O repasse de dinheiro a parlamentares é chamado de “verba”. Em um e-mail enviado no dia 11 de março de 2003, a ex-gerente financeira avisa que o policial civil David Rodrigues Alves fará um saque de R$ 300 mil e pede que o banco confirme o pagamento. Apurações da CPMI dos Correios mostraram que Alves atuava como “mula” para o esquema e recebeu R$ 4,9 milhões do banco. Ele teria atuado para levar dinheiro ao publicitário Duda Mendonça e também forneceu, em seu depoimento à polícia, informações sobre a participação do deputado Pedro Henry (PP-MT) no esquema.

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