Sábado, 8 de setembro de 2012
Da revista IstoÉ
Novos documentos indicam que o estrago
pode chegar a 300 mil bolsas de sangue. A Câmara quer explicações do
ministro da Saúde, Alexandre Padilha
Documentos internos do Ministério da Saúde sugerem que o desperdício de
plasma sanguíneo, denunciado por ISTOÉ na última edição, pode ser bem
maior que as 55 mil bolsas de sangue escondidas num depósito nos
arredores de Brasília. Uma troca de memorandos entre setores técnicos e a
cúpula ministerial, entre os meses de fevereiro e agosto de 2009,
indica que o governo tinha em estoque mais de 660 mil bolsas de plasma.
Desse total, foram “enviadas para beneficiamento 423 mil bolsas”.
Ninguém sabe informar o que houve com outras 237 mil bolsas e por que
esse material não foi enviado para a França. Uma pista do destino desse
plasma pode estar no mesmo depósito do Ministério da Saúde. Uma fonte do
setor garantiu à reportagem que havia cerca de 300 mil bolsas estocadas
na câmara fria do ministério. Suspeita-se que a maior parte desse
carregamento tenha sido retirada do local no início do ano, quando a
denúncia começou a circular.