Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 8 de março de 2014

Bilhões para a Copa e centavos para o combate à violência contra a mulher

Sábado, 8 de março de 2014 
“Apesar da existência da Lei Maria da Penha, ela não sai do papel. Não há investimentos para sua aplicação e ampliação”

por Zé Maria
A cada uma hora e meia, uma mulher morre no Brasil pelo simples fato de ser mulher. O feminicídio,  crime de ódio decorrente de conflitos de gênero,  é uma das expressões mais bárbaras do machismo que mata 15 mulheres a cada 24 horas, quase seis mil por ano. Os dados são do Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (Ipea) e os números não param por aí.

Os índices só aumentam e são alarmantes. Entre 2009 e 2011, o número de assassinatos de mulheres aumentou em todos os estados brasileiros. De acordo com as estatísticas da própria Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), uma mulher é estuprada a cada 12 segundos no Brasil. Uma mulher é agredida a cada 5 minutos. O Brasil está no triste ranking do sétimo país, entre 80 países, em relação aos índices de feminicídio. Esta realidade existe a despeito de termos uma legislação específica de combate à violência contra a mulher, conquistada através de uma longa trajetória de luta do movimento feminista. Mas por que isso ocorre?  Leia a íntegra