Domingo, 2 de março de 2014
Do Congresso em Foco
Às vésperas de ser deposto pelos
militares, o presidente curtiu os dias de folia isolado do mundo,
pescando numa ilha do Espírito Santo. Mas o clima era de apreensão. Na
quarta de cinzas, ele já buscava nas ruas o apoio que lhe faltava no
Congresso
O último carnaval de Jango no Brasil
POR FLÁVIO BORGNETH
Há 50 anos o Espírito Santo teve o carnaval mais político de sua história. Na iminência de ser deposto, o presidente João Goulart passou os dias de folia escondido do país pescando na ilha do Boi, em Vitória, enquanto a família permanecia na praia da Costa, em Vila Velha. Os confetes oficiais ficaram por conta da primeira-dama. Maria Teresa Goulart causou frisson nas matinês, bailes e colunas sociais da capital.
A família presidencial veraneou por aqui em 1964, a menos de dois meses do golpe militar que o tiraria do poder e o levaria ao exílio, junto com a família, no Uruguai e depois na Argentina, onde morreu em 1976. Foi o último carnaval de Jango ao lado da família no Brasil. Um carnaval envolvido pela candente atmosfera política que imperava no païs.
O anfitrião Chiquinho
De qualquer modo, o presidente e família, naqueles dias de prazeroso descanso aqui, gostaram tanto que esticaram a estadia até o carnaval. Não por acaso. O Espírito Santo era longe e perto do Rio de Janeiro, onde ainda funcionava boa parte dos ministérios que Brasília ainda não suportava. Maria Teresa e seus filhos, João Vicente e Denise, se hospedaram na residência oficial do governo do Espírito Santo, na Praia da Costa, em Vila Velha. Também passaram uns dias em Guarapari. Ocupado com sua presidência criticada acerbamente pela oposição por causa de decisões de caráter nacionalista tomadas por ele como a nacionalização de empresas estrangeiras , Jango vinha nos finais de semana a Vitória. E enquanto isso, núvens negras se acumulavam no seu horizonte político.
Quem recebia o presidente era o então governador Francisco Lacerda de Aguiar. Chiquinho, como era conhecido, era opositor do PSD – partido que dominou a política capixaba no século passado. O ruralista Lacerda de Aguiar comandou o Estado por duas ocasiões em um período onde a disputa do poder era reflexo de uma força econômica que mudava de mãos. O café precisava ser substituído pelas indústrias. Isso deixava uma vitrine política sem dono.
O futuro dos políticos capixabas dependia de como esse espaço seria ocupado. Na verdade, essa conjuntura era ainda mais complicada. Afinal, além do Estado, existia o país. Por isso, naquele verão, Chiquinho recebeu seus ilustres convidados com medo do futuro. Cada gentileza oferecida aos hóspedes poderia voltar-se contra ele caso o Brasil mudasse de mãos, como de fato mudou logo depois daquele carnaval.
- See more at: http://leiase.com.br/politica/o-ultimo-carnaval-de-jango-no-brasil/#sthash.E1DELR1k.dpufHá 50 anos o Espírito Santo teve o carnaval mais político de sua história. Na iminência de ser deposto, o presidente João Goulart passou os dias de folia escondido do país pescando na ilha do Boi, em Vitória, enquanto a família permanecia na praia da Costa, em Vila Velha. Os confetes oficiais ficaram por conta da primeira-dama. Maria Teresa Goulart causou frisson nas matinês, bailes e colunas sociais da capital.
A família presidencial veraneou por aqui em 1964, a menos de dois meses do golpe militar que o tiraria do poder e o levaria ao exílio, junto com a família, no Uruguai e depois na Argentina, onde morreu em 1976. Foi o último carnaval de Jango ao lado da família no Brasil. Um carnaval envolvido pela candente atmosfera política que imperava no païs.
O anfitrião Chiquinho
De qualquer modo, o presidente e família, naqueles dias de prazeroso descanso aqui, gostaram tanto que esticaram a estadia até o carnaval. Não por acaso. O Espírito Santo era longe e perto do Rio de Janeiro, onde ainda funcionava boa parte dos ministérios que Brasília ainda não suportava. Maria Teresa e seus filhos, João Vicente e Denise, se hospedaram na residência oficial do governo do Espírito Santo, na Praia da Costa, em Vila Velha. Também passaram uns dias em Guarapari. Ocupado com sua presidência criticada acerbamente pela oposição por causa de decisões de caráter nacionalista tomadas por ele como a nacionalização de empresas estrangeiras , Jango vinha nos finais de semana a Vitória. E enquanto isso, núvens negras se acumulavam no seu horizonte político.
Quem recebia o presidente era o então governador Francisco Lacerda de Aguiar. Chiquinho, como era conhecido, era opositor do PSD – partido que dominou a política capixaba no século passado. O ruralista Lacerda de Aguiar comandou o Estado por duas ocasiões em um período onde a disputa do poder era reflexo de uma força econômica que mudava de mãos. O café precisava ser substituído pelas indústrias. Isso deixava uma vitrine política sem dono.
O futuro dos políticos capixabas dependia de como esse espaço seria ocupado. Na verdade, essa conjuntura era ainda mais complicada. Afinal, além do Estado, existia o país. Por isso, naquele verão, Chiquinho recebeu seus ilustres convidados com medo do futuro. Cada gentileza oferecida aos hóspedes poderia voltar-se contra ele caso o Brasil mudasse de mãos, como de fato mudou logo depois daquele carnaval.
Flávio Borgneth, de Vitória *
Há 50 anos, o Espírito Santo teve o carnaval mais político de sua
história. Na iminência de ser deposto, o presidente João Goulart passou
os dias de folia escondido do país pescando na ilha do Boi, em Vitória,
enquanto a família permanecia na praia da Costa, em Vila Velha. Os
confetes oficiais ficaram por conta da primeira-dama. Maria Teresa
Goulart causou frisson nas matinês, bailes e colunas sociais da capital.
A família presidencial veraneou por aqui em 1964, a menos de dois
meses do golpe militar que o tiraria do poder e o levaria ao exílio,
junto com a família, no Uruguai e depois na Argentina, onde morreu em
1976. Foi o último carnaval de Jango ao lado da família no Brasil. Um
carnaval envolvido pela candente atmosfera política que imperava no
país. Leia a íntegra
O último carnaval de Jango no Brasil
POR FLÁVIO BORGNETH
Há 50 anos o Espírito Santo teve o carnaval mais político de sua história. Na iminência de ser deposto, o presidente João Goulart passou os dias de folia escondido do país pescando na ilha do Boi, em Vitória, enquanto a família permanecia na praia da Costa, em Vila Velha. Os confetes oficiais ficaram por conta da primeira-dama. Maria Teresa Goulart causou frisson nas matinês, bailes e colunas sociais da capital.
A família presidencial veraneou por aqui em 1964, a menos de dois meses do golpe militar que o tiraria do poder e o levaria ao exílio, junto com a família, no Uruguai e depois na Argentina, onde morreu em 1976. Foi o último carnaval de Jango ao lado da família no Brasil. Um carnaval envolvido pela candente atmosfera política que imperava no païs.
O anfitrião Chiquinho
De qualquer modo, o presidente e família, naqueles dias de prazeroso descanso aqui, gostaram tanto que esticaram a estadia até o carnaval. Não por acaso. O Espírito Santo era longe e perto do Rio de Janeiro, onde ainda funcionava boa parte dos ministérios que Brasília ainda não suportava. Maria Teresa e seus filhos, João Vicente e Denise, se hospedaram na residência oficial do governo do Espírito Santo, na Praia da Costa, em Vila Velha. Também passaram uns dias em Guarapari. Ocupado com sua presidência criticada acerbamente pela oposição por causa de decisões de caráter nacionalista tomadas por ele como a nacionalização de empresas estrangeiras , Jango vinha nos finais de semana a Vitória. E enquanto isso, núvens negras se acumulavam no seu horizonte político.
Quem recebia o presidente era o então governador Francisco Lacerda de Aguiar. Chiquinho, como era conhecido, era opositor do PSD – partido que dominou a política capixaba no século passado. O ruralista Lacerda de Aguiar comandou o Estado por duas ocasiões em um período onde a disputa do poder era reflexo de uma força econômica que mudava de mãos. O café precisava ser substituído pelas indústrias. Isso deixava uma vitrine política sem dono.
O futuro dos políticos capixabas dependia de como esse espaço seria ocupado. Na verdade, essa conjuntura era ainda mais complicada. Afinal, além do Estado, existia o país. Por isso, naquele verão, Chiquinho recebeu seus ilustres convidados com medo do futuro. Cada gentileza oferecida aos hóspedes poderia voltar-se contra ele caso o Brasil mudasse de mãos, como de fato mudou logo depois daquele carnaval.
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A família presidencial veraneou por aqui em 1964, a menos de dois meses do golpe militar que o tiraria do poder e o levaria ao exílio, junto com a família, no Uruguai e depois na Argentina, onde morreu em 1976. Foi o último carnaval de Jango ao lado da família no Brasil. Um carnaval envolvido pela candente atmosfera política que imperava no païs.
O anfitrião Chiquinho
De qualquer modo, o presidente e família, naqueles dias de prazeroso descanso aqui, gostaram tanto que esticaram a estadia até o carnaval. Não por acaso. O Espírito Santo era longe e perto do Rio de Janeiro, onde ainda funcionava boa parte dos ministérios que Brasília ainda não suportava. Maria Teresa e seus filhos, João Vicente e Denise, se hospedaram na residência oficial do governo do Espírito Santo, na Praia da Costa, em Vila Velha. Também passaram uns dias em Guarapari. Ocupado com sua presidência criticada acerbamente pela oposição por causa de decisões de caráter nacionalista tomadas por ele como a nacionalização de empresas estrangeiras , Jango vinha nos finais de semana a Vitória. E enquanto isso, núvens negras se acumulavam no seu horizonte político.
Quem recebia o presidente era o então governador Francisco Lacerda de Aguiar. Chiquinho, como era conhecido, era opositor do PSD – partido que dominou a política capixaba no século passado. O ruralista Lacerda de Aguiar comandou o Estado por duas ocasiões em um período onde a disputa do poder era reflexo de uma força econômica que mudava de mãos. O café precisava ser substituído pelas indústrias. Isso deixava uma vitrine política sem dono.
O futuro dos políticos capixabas dependia de como esse espaço seria ocupado. Na verdade, essa conjuntura era ainda mais complicada. Afinal, além do Estado, existia o país. Por isso, naquele verão, Chiquinho recebeu seus ilustres convidados com medo do futuro. Cada gentileza oferecida aos hóspedes poderia voltar-se contra ele caso o Brasil mudasse de mãos, como de fato mudou logo depois daquele carnaval.
O último carnaval de Jango no Brasil
POR FLÁVIO BORGNETH
Há 50 anos o Espírito Santo teve o carnaval mais político de sua história. Na iminência de ser deposto, o presidente João Goulart passou os dias de folia escondido do país pescando na ilha do Boi, em Vitória, enquanto a família permanecia na praia da Costa, em Vila Velha. Os confetes oficiais ficaram por conta da primeira-dama. Maria Teresa Goulart causou frisson nas matinês, bailes e colunas sociais da capital.
A família presidencial veraneou por aqui em 1964, a menos de dois meses do golpe militar que o tiraria do poder e o levaria ao exílio, junto com a família, no Uruguai e depois na Argentina, onde morreu em 1976. Foi o último carnaval de Jango ao lado da família no Brasil. Um carnaval envolvido pela candente atmosfera política que imperava no païs.
O anfitrião Chiquinho
De qualquer modo, o presidente e família, naqueles dias de prazeroso descanso aqui, gostaram tanto que esticaram a estadia até o carnaval. Não por acaso. O Espírito Santo era longe e perto do Rio de Janeiro, onde ainda funcionava boa parte dos ministérios que Brasília ainda não suportava. Maria Teresa e seus filhos, João Vicente e Denise, se hospedaram na residência oficial do governo do Espírito Santo, na Praia da Costa, em Vila Velha. Também passaram uns dias em Guarapari. Ocupado com sua presidência criticada acerbamente pela oposição por causa de decisões de caráter nacionalista tomadas por ele como a nacionalização de empresas estrangeiras , Jango vinha nos finais de semana a Vitória. E enquanto isso, núvens negras se acumulavam no seu horizonte político.
Quem recebia o presidente era o então governador Francisco Lacerda de Aguiar. Chiquinho, como era conhecido, era opositor do PSD – partido que dominou a política capixaba no século passado. O ruralista Lacerda de Aguiar comandou o Estado por duas ocasiões em um período onde a disputa do poder era reflexo de uma força econômica que mudava de mãos. O café precisava ser substituído pelas indústrias. Isso deixava uma vitrine política sem dono.
O futuro dos políticos capixabas dependia de como esse espaço seria ocupado. Na verdade, essa conjuntura era ainda mais complicada. Afinal, além do Estado, existia o país. Por isso, naquele verão, Chiquinho recebeu seus ilustres convidados com medo do futuro. Cada gentileza oferecida aos hóspedes poderia voltar-se contra ele caso o Brasil mudasse de mãos, como de fato mudou logo depois daquele carnaval.
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A família presidencial veraneou por aqui em 1964, a menos de dois meses do golpe militar que o tiraria do poder e o levaria ao exílio, junto com a família, no Uruguai e depois na Argentina, onde morreu em 1976. Foi o último carnaval de Jango ao lado da família no Brasil. Um carnaval envolvido pela candente atmosfera política que imperava no païs.
O anfitrião Chiquinho
De qualquer modo, o presidente e família, naqueles dias de prazeroso descanso aqui, gostaram tanto que esticaram a estadia até o carnaval. Não por acaso. O Espírito Santo era longe e perto do Rio de Janeiro, onde ainda funcionava boa parte dos ministérios que Brasília ainda não suportava. Maria Teresa e seus filhos, João Vicente e Denise, se hospedaram na residência oficial do governo do Espírito Santo, na Praia da Costa, em Vila Velha. Também passaram uns dias em Guarapari. Ocupado com sua presidência criticada acerbamente pela oposição por causa de decisões de caráter nacionalista tomadas por ele como a nacionalização de empresas estrangeiras , Jango vinha nos finais de semana a Vitória. E enquanto isso, núvens negras se acumulavam no seu horizonte político.
Quem recebia o presidente era o então governador Francisco Lacerda de Aguiar. Chiquinho, como era conhecido, era opositor do PSD – partido que dominou a política capixaba no século passado. O ruralista Lacerda de Aguiar comandou o Estado por duas ocasiões em um período onde a disputa do poder era reflexo de uma força econômica que mudava de mãos. O café precisava ser substituído pelas indústrias. Isso deixava uma vitrine política sem dono.
O futuro dos políticos capixabas dependia de como esse espaço seria ocupado. Na verdade, essa conjuntura era ainda mais complicada. Afinal, além do Estado, existia o país. Por isso, naquele verão, Chiquinho recebeu seus ilustres convidados com medo do futuro. Cada gentileza oferecida aos hóspedes poderia voltar-se contra ele caso o Brasil mudasse de mãos, como de fato mudou logo depois daquele carnaval.