Terça, 13 de
janeiro de 2015
André Richter
- Repórter da Agência Brasil
A Justiça Federal no Paraná decidiu hoje (13) manter
bloqueadas as contas e fundos de investimentos dos réus investigados na
Operação Lava Jato. Por determinação do juiz Sérgio Moro, responsável pelas
investigações, no fim do ano passado, mais de R$ 100 milhões foram bloqueados
das contas de 16 investigados e empresas ligadas ao esquema até o limite de R$
20 milhões.
A decisão, assinada pela juíza Gabriela Hardt, substituta de
Moro no plantão judicial, foi motivada por recursos dos advogados dos
investigados contra o bloqueio, feito para garantir o ressarcimento em caso de
condenação.
A manutenção da decisão de Moro atende a uma manifestação do
Ministério Público Federal (MPF). Segundo o órgão, o bloqueio total de contas e
fundos é necessário para garantir o ressarcimento ao erário. O
desbloqueio só será efetivado se os investigados provarem que o saldo é oriundo
de verbas alimentares, como salário.
Na mesma decisão, a juíza determinou que as contas do
diretor da empreiteira UTC Ricardo Pessoa, preso em novembro do ano passado, na
sétima fase da operação, fiquem livres para serem movimentadas pelos titulares,
sem prejuízo do bloqueio do valor total de R$ 20 milhões. Os advogados de
Pessoa pediram à Justiça que a esposa dele fosse autorizada a movimentar a
conta para pagar despesas pessoais da família.
Moro já afirmou que vai liberar o excesso das demais contas dos investigados, após concluir a transferência do valor mínimo para uma conta da Justiça Federal. Hoje, a juíza determinou que a secretaria do tribunal faça o levantamento dos valores retidos.
Moro já afirmou que vai liberar o excesso das demais contas dos investigados, após concluir a transferência do valor mínimo para uma conta da Justiça Federal. Hoje, a juíza determinou que a secretaria do tribunal faça o levantamento dos valores retidos.