Sexta, 23 de janeiro de 2015
Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil
O Movimento Passe Livre (MPL) começou no final da tarde de hoje
(23) a quarta manifestação contra o aumento da tarifa do transporte
público (metrô, trem e ônibus) em São Paulo, de R$ 3 para R$ 3,50, que
passou a vigorar no último dia 6. O objetivo do movimento é que
prefeitura e estado adotem o transporte coletivo gratuito para todas as
pessoas.
“Esse aumento para R$3,50 soa mais absurdo quando
constatamos que uma auditoria acaba de provar o que todo mundo já sabia:
que os empresários do transporte lucram muito acima da média para o
setor e desviaram milhões. Reduzir de fato seu lucro exorbitante e
cobrar o dinheiro roubado seria suficiente para manter o preço da tarifa
ou até mesmo reduzi-la”, disse o movimento em nota.
Os
manifestantes reuniram-se em frente ao Theatro Municipal, na região do
Viaduto do Chá, e saíram em passeata às 18h25 com destino à prefeitura
municipal, com o intuito de pecorrer uma distância de cerce de 100
metros. O protesto tem a participação de cerca de 1.200 pessoas, segundo
a Polícia Militar (PM), e 5 mil, segundo o MPL
Depois os
manifestantes irão para a Secretaria Estadual de Transportes
Metropolitanos, para a Câmara Municipal e para a Praça da República.
Antes de começar o protesto, o MPL fez uma assembleia para decidir o
trajeto.
Nas duas primeiras manifestação, houve confronto entre
policiais e manifestantes. A PM usou bombas de gás lacrimogênio, de
efeito moral e balas de borracha. A ação da polícia, no entanto, atingiu
também pessoas que protestavam pacificamente. Bancos e viaturas
policiais foram depredadas.
De acordo com o MPL, um entregador
que passava perto da manifestação da última sexta-feira foi alvejado com
uma bala de borracha perto do olho e teve a retina atingida. Ele foi
levado para a Santa Casa e não corre o risco de perder a visão.