Quarta, 4 de fevereiro de 2015
Do Jornal do Brasil
Do Jornal do Brasil
Toda diretoria da estatal também sairá
A presidente da Petrobras, Graça Foster, deixará o cargo até o final do mês. Toda a diretoria da estatal sairá junto com ela. O movimento
foi acertado em reunião que durou três horas, na tarde desta
terça-feira, no Palácio do Planalto, em Brasília, convocada pela
presidente Dilma Rousseff.
Segundo o site Brazil 247, a presidente da Petrobras ficou com uma 'lição de casa',
dada pela presidente: estabelecer um número para o prejuízo financeiro
causado pelo escândalo de corrupção dentro da companhia. Nenhum nome em
substituição a Graça foi divulgado. No entanto, o ex-presidente do Banco
Central Henrique Meirelles é um nome cotado para assumir a Petrobras.
A
Secretaria de Imprensa da Presidência da República informou que Dilma
chegou ao Planalto por volta das 14h, após retornar de viagem que fez na
manhã desta terça a Campo Grande (MS), onde inaugurou uma unidade da Casa da Mulher Brasileira.
Logo
depois, ela se reuniu com Foster, que deixou o Palácio por volta das
17h20. Na saída, a presidente da Petrobras disse apenas que a reunião
tinha sido boa, "como sempre". Indagada se estava deixando a presidência
da estatal, ela apenas sorriu.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo,
o Palácio do Planalto já teria informado a decisão a Foster mesmo antes
da reunião desta terça. O Planalto, no entanto, ainda não confirmou
oficialmente a saída de Graça.
De acordo com a publicação, teria
pesado na decisão de Dilma a divulgação, semana passada, de que a
Petrobras deveria baixar seus ativos em R$ 88 bilhões, segundo o balanço
do terceiro trimestre.
Outro fator que teria pesado na decisão é a forte pressão emocional que vem sofrendo Graça Foster, amiga pessoal de Dilma.
Mais uma agência rebaixa nota da Petrobras
Na
tarde desta terça-feira a Petrobras (PETR3; PETR4) teve seu rating
rebaixado pela agência de classificação de risco Fitch na tarde desta
terça-feira (3). A nota da estatal foi de BBB para BBB-, ainda dentro do
grau de investimento, mas com perspectiva negativa.
Segundo a
agência, a redução se deu por conta da incerteza acerca da capacidade da
petroleira de estimar e registrar ajustes em seus ativos fixos dentro
do prazo necessário. Além disso, o corte também reflete o impacto do
escândalo de desvio de dinheiro dos cofres da petroleira descoberto pela
Operação Lava Jato da Polícia Federal.
A Fitch ainda diz que os ratings da estatal continuam ligados ao soberano do Brasil,
devido à sua importância para o País como fornecedora "quase
monopolística de combustíveis". "Excluindo o apoio implícito e explícito
do governo, a qualidade de crédito da Petrobras não é compatível com um
rating grau de investimento", afirma a agência.