A estupidez
da direção da Administração Regional de Vicente Pires em denunciar à polícia moradores que tapavam
buracos (melhor seria crateras) em ruas da cidade, levou a administradora Maria
Celeste Liporoni a ser empurrada pelo governo Rollemberg para o buraco, melhor,
para fora do cargo.
Dessa vez a
decisão saiu rápido, pois virou matéria de página inteira no Correio
Braziliense. Buraco para o governador. Melhor, ponto pra ele.
A piada de
toda essa história fica por conta do tipo de denúncia. Alegou a Administração
que os moradores estariam destruindo o patrimônio público, o que levou o grupo
a ter que depor na delegacia da cidade. Eles, os moradores, estariam destruindo
os buracos, tão bem criados e cevados pelo Estado. Asfalto mesmo, que é bom,
era um taco aqui e outra bem lá longe.
Acho que
esse tipo de comportamento de “otoridades” decorre de uma certa arrogância que
muitas pessoas adquirem ao ocupar um carguinho mais elevado e achar que o poder
concedido é maior do que o de fato é delegado.
Mas como
responsabilidade não se delega, o governador se viu obrigado em determinar a
exoneração da ‘otoridade’.
Um dos
líderes do movimento tapa buraco com recursos da comunidade é o jornalista
Gilberto Camargos, presidente da Associação de Vicente Pires (Amovipe).
Inquieto, sempre está incomodando os donos do trono naquela região administrativa.
Já chegou a ser, segundo ele, ameaçado seriamente de morte por suas posturas de
brigar e organizar a comunidade.
Ponto para
a comunidade de Vicente Pires. Mas que o governador Rollemberg desembuche logo
seu governo e faça o trabalho que tem que ser feito nas ruas esburacadas de
Vicente Pires. E que não faça a coisa como fez o governo passado.