Quinta, 26 de março de 2015
Da Agência Brasil
Edição: Fábio Massalli
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela investigação da
Operação Lava Jato na primeira instância, concedeu prazo de dez dias
para que a empreiteira Camargo Corrêa apresente os contratos de
consultoria com a empresa JD Assessoria, do ex-ministro da Casa Civil
José Dirceu. A Justiça pretende comprovar se os serviços foram prestados
pela empresa de Dirceu.
Segundo o Ministério Público Federal
(MPF), a empresa de Dirceu recebeu "valores expressivos" de empreiteiras
investigadas na operação. A pedido do MPF, a Justiça Federal em
Curitiba quebrou o sigilo bancário e fiscal da JD Assessoria e pessoal
de Dirceu e Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão e sócio do
ex-ministro.
Em janeiro, quando a quebra foi decretada, a
assessoria de Dirceu disse que os contratos com empreiteiras foram
assinados para assessorá-las em negócios fora do país. A JD também disse
que enviou ao juiz Sérgio Moro a declaração de renda apresentada à
Receita Federal, com detalhamento sobre impostos recolhidos e despesas
operacionais.